sábado, 31 de janeiro de 2009

ACAUTELAR-SE PARA EVITAR O PIOR

Para garantir á saúde, ou melhor, para evitar as agressões das doenças e ter a energia necessária para enfrentar e superar as que não podem ser evitadas, não é suficiente escolher a opção - ou opções - mais simpáticas ou agradáveis entre as sete metodologias preventivas expostas, mas assumir todas elas porque, ou se investe na saúde fazendo um seguro total, ou é melhor deixar como está e correr atrás dos prejuízos assim que eles chegam, rezando para que um dos “abalroamentos” não cause perda total. Na contra mão destas verdades, infelizmente, existem as conceituações que no tempo floresceram e se arraigaram nos seres humanos, em outras palavras, os “vícios culturais”. Estes se solidificaram tanto nos últimos decênios que hoje são quase inexpugnáveis.
Estas “verdades”, no entanto, são amplamente discutíveis, porque como já dissemos, a distancia que separa a verdade da mentira é muito, muito menor mesmo, do espaço que aparta o saber do insaber, mesmo se este “saber” é contido nos livros que são utilizados para preparar os jovens a serem profissionais.
Esse aspecto, no entanto, será superado no tempo, porque a ignorância pode ser comparada a uma longa noite escura, uma vez que esta, por mais longa que pareça ser, sempre finda ao raiar do dia que a sucede.
Mesmo porque como já vimos, e ainda veremos, os maiores riscos das enfermidades não se esgotam nelas mesmas, mas se ampliam e se exacerbam ao longo dos tratamentos médico-hospitalares.

A pesquisa medica encontra-se em um ponto crucial, porque os velhos métodos experimentais não conseguem resolver o problema criado pelas principais enfermidades causadoras de morte. Assim, com o objetivo de vencer as principais patologias, os pesquisadores continuam desenvolvendo novas tecnologias e estas exigem que os médicos as estudem, que freqüentem congressos para discuti-las, e para se instruírem no que diz respeito aos novos enfoques clínicos. Os médicos que não fizerem isso, por conseqüência, não são confiáveis.
Cardiopatia – o Killer numero um.
A maior contribuição para a compreensão desta cardiopatia foi descobrir que a enfermidade pode ser praticamente eliminada através do controle de três fatores: o colesterol, o fumo e a pressão arterial. Este extraordinário resultado é a conseqüência de muitos e acurados estudos a respeito do homem.
No curso dos últimos 40 anos em Framingham, no Massachussetts, milhares de indivíduos pertencentes a duas gerações foram estudados com atenção para individualizar os fatores responsáveis pela cardiopatia. O Framingham Heart Study revelou que se os níveis de colesterol permanecem aquém dos 150 (mg/dl) é extremamente improvável que se verifique um infarto do miocárdio. A cada ponto percentual a mais nos níveis do colesterol, corresponderia um aumento percentual de 2% de risco coronário, NdT. Outros estudos, como o do “Lipid Research Clinic´s Trial” e o “Multiple Risk Factor Intervention Trial” confirmaram a importância de manter controlados os níveis de colesterol.
O Dr. Dean Ornish, MD. da Universidade da Califórnia, São Francisco, demonstrou que se os pacientes afetos por cardiopatias graves adotarem uma dieta vegetariana pobre em gorduras, pararem de fumar, reduzirem os fatores de stress e diariamente passarem a desenvolver uma atividade física moderada, as placas de gorduras em suas artérias começam gradualmente a regredir.
Os by-pass e os transplantes de coração, mesmo se permanecem úteis para alguns pacientes, não substituem à eficiência das medidas higiênicas relativas à alimentação e outras modificações do estilo de vida, porque estes também estão sujeitos a se tornarem objeto de lesões arterioesclerotica agressivas se depois de implantados não forem adotados regimes dietéticos rígidos, higiene e exercícios físicos.
Seguramente, a melhor estratégia é aquela de decidir adotar estas providencias enquanto são, evitando assim de se tornar um enfermo para se ver obrigado a adotá-las para garantir uma discutível sobrevida.
Câncer – o Killer numero dois.
Em 1971 o presidente Nixon declarava a nova e agressiva “guerra ao câncer”. Não obstante todos os esforços, porem, a taxa de mortalidade relativa e esta doença continua crescendo.
Uma técnica padrão utilizada para a procura de novos fármacos contra os tumores, consiste na administração de substancias experimentais em ratos de laboratório com leucemia. Trata-se de um procedimento lento e custoso. Esta metodologia só permitiu o descobrimento de poucos agentes quimioterapicos eficazes, em relação a uma despesa de milhões de dólares e a morte de não menos de um milhão de animais por ano.
Uma nova metodologia desenvolvida pelos Dres. Michael Boyd, Robert Shoemaker e outros pesquisadores do National Câncer Institute, experimenta os fármacos objeto de estudo em células tumurais humanas isoladas.
A capacidade de uma substancia suprimir as células tumurais é testada no interior de um sistema automatizado, onde os dados são elaborados por um computador. Drogas já examinadas, e que poderiam ter sido descartadas com o sistema anterior, poderão tornar-se eficazes quando avaliadas com o novo método.
Contudo, ao invés de se esforçar, muitas vezes sem nenhum resultado, para procurar a cura de uma doença tumural, hoje existe um vasto leque de medidas que possuem grandes possibilidades de prevenir esta enfermidade.
Segundo as estimativas do National Cancer Institute, 80% dos casos de câncer poderiam ser prevenidos, porque 30% dos casos de tumores são causados pelo fumo, e como mínimo 35% é conseqüência de fatores alimentares.
Em 1982, o National Research Council, publicou um estudo chamado “Diet, Nutrition, and Cancer” - dieta, alimentação e câncer - que demonstrou que a dieta é o fator de risco independente mais importante na epidemiologia do cancer. Desde então, foram individualizados muitos fatores de risco alimentares específicos, implicados na gênese de vários tipos de câncer.
Os alimentos ricos de gorduras e os óleos aumentam o risco de câncer nos órgãos pertencentes ao sistema digestivo - cólon, reto etc. - e daqueles que são atingidos pelos hormônios sexuais como o seio e a próstata.
Contrariamente, os constituintes de alguns alimentos exercem proteção diante do câncer. As fibras alimentares, presentes principalmente nos cereais e nos legumes, ajudam na prevenção desta doença no cólon e no reto. As fibras, alem disso, demonstram que podem reduzir o risco de câncer na mama, provavelmente através da redução dos níveis de colesterol e hormônios sexuais. Outras vitaminas, ainda, demonstraram possuir atividades protetoras contra os tumores, como o beta-caroteno - a forma como a vitamina A é presente nas verduras e nas frutas de cor verde escuro e amarela, e as vitaminas C e E, além do Selênio, um oligoelemento.
Enquanto isso, uma medida fundamental para a prevenção do câncer de pele - tem uma taxa de crescimento muito alta - consiste em evitar prolongadas exposições à luz solar.
A prevenção é a luz no fim no túnel que as pessoas começam a percorrer quando se dão conta que para impedir a difusão desta enfermidade é necessário eliminar os fatores de risco.
Percentuais estimados de casos de cancer devido a fatores de risco específicos
Dieta 35/60,0%
Fumo 30,0%
Álcool 3,0%
Radiação 3,0%
Poluição ambiental 1,5%
Fármacos 2,0%
Ictus cerebral – Killer numero três.
No Ictus, uma parte do cérebro é destruída com conseqüente paralisia motora, perda da função sensitiva e freqüentemente à morte. Estudos clínicos e epidemiológicos, individualizaram as causas do Ictus a as medidas de prevenção cabíveis. Aparece já claramente que os mesmos fatores de risco da cardiopatia isquêmica e hipertensão - devido a níveis hematicos de colesterol e fumo – podem também ser à causa do Ictus cerebral. O Ictus, desse modo, pode ser prevenido controlando estes fatores.
Fonte: Physicians Committee for Responsible Medicine – Washington, D.C. 20016

A vocação da UTI é salvar vidas, mas nela o risco de infecção grave é maior. - O paciente internado na unidade de terapia intensiva de um bom hospital dispõe dos recursos mais avançados da medicina.
Entre tubos, eletrodos, cateteres, sondas e agulhas, um doente pode estar ligado a até dez dispositivos simultaneamente – além de ter à sua volta profissionais que acompanham o funcionamento do seu organismo 24 horas por dia. Todos esses cuidados, no entanto, guardam um paradoxo: a internação numa UTI aumenta de forma significativa os riscos de infecções graves.
O problema ocorre porque os cateteres, agulhas e outros aparatos deixam os pacientes, em geral muito debilitados, mais expostos ao ambiente externo – e, conseqüentemente, mais suscetíveis à contaminação.
Outro fator que potencializa o perigo é o uso indiscriminado de antibióticos extremamente potentes, mesmo antes de ser obtido um diagnostico preciso de qual é o tipo de infecção. Como os médicos não dispõem de tempo para esperar o resultado dos exames que confirmem de que caso se trata, eles recorrem a antibióticos inespecificos – o que aumenta a probabilidade de uma bactéria ou fungo tornar-se resistente ao medicamento. Ao cobrirem um amplo espectro, esses antibióticos podem matar determinados agentes patogênicos, ao mesmo tempo em que selecionam outro.
Das infecções, a que mais preocupa os médicos intensivistas é a sepse grave, vulgarmente conhecida como septicemia ou infecção generalizada. De cada dez pessoas que chegam à UTI, uma pode contraí-la. No Brasil esse numero traduz-se em 130.000 pessoas a cada ano. Cerca de 60% delas morrem em decorrência da doença.
“A fragilidade desses pacientes e a gravidade de suas doenças originais, fazem com que os riscos de uma sepse sejam realmente muito grandes”, diz o medico Ederlon Rezende, diretor da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
Fonte: revista Veja de 13 de Julho 2005

Enquanto nos EUA a cada seis minutos morre uma pessoa em decorrência de infecção hospitalar, a realidade brasileira não e diferente: cerca de 45 mil óbitos ocorrem anualmente. Isto significa aproximadamente 12 milhões de internações hospitalares e um gasto extra de R$.10 bilhões por anos, segundo dados do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
A alarmante estatística levou o Institute for Healthcare Improvment, órgão americano de fomento a melhoria da qualidade em saúde, e a Joint Commission International, representada no Brasil pelo Consorcio Brasileiro de Acreditação (CBA), a realizarem campanha mundial para salvar 100 mil vidas, que será apresentada no Seminário Nacional de Acreditação – Prevenção e Controle de infecções, a ser realizada no dia 04/08, no Centro de Convenções do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
A campanha é baseada na modificação dos processos de prevenção e controle das infecções hospitalares. Na opinião do medico e avaliador do CBA, Paulo Neno, “cabe a nos gerarmos ambientes seguros para os nossos pacientes, familiares, funcionários e colaboradores”, revela o medico brasileiro.
Para se ter idéia da gravidade do problema, a infecção hospitalar é a principal causadora de morte em pacientes internados nos Estados Unidos. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que 13 a 15% dos pacientes internados adquirem algum tipo de infecção durante a hospitalização, o que pode levar a morte (...)
Nos últimos anos a assistência à saúde tem sofrido alterações no Brasil e no mundo. Os hospitais, antes considerados centros assistenciais para o tratamento de doenças, acusaram redução no numero de atendimentos face ao aumento do numero de atendimentos ambulatoriais e de serviços de assistência domiciliar. Vários fatores explicam essa mudança: a humanização da assistência, a desmistificação do hospital como único centro de tratamento de doenças e o alto custo vinculado à admissão hospitalar.
“Optar por um modelo assistencial alternativo que reduza o tempo de internação do paciente no hospital é sem duvida um sonho entre os profissionais de controle de infecção. Hoje os custos relacionados e a própria ocorrência de infecções são considerados indicadores de má qualidade no cuidado prestado aos pacientes”, define Heleno Costa Junior, do CBA, órgão responsável pelo processo de acreditação de diversos hospitais brasileiros, entre eles o Albert Einstein (SP), Hospital do Coração (SP), Sírio Libanês (SP) e Copa D´Or (RJ).
Para Heleno Junior, a não abordagem do tema durante a graduação, o numero insuficiente de profissionais nos serviços de saúde e o precário atendimento nas redes de saúde refletem as altas taxas de infecções hospitalares no Brasil (de 13% a 15%). “E embora dentro dos níveis aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que são de 9% a 20%, o Brasil ainda precisa de investimentos em educação e em saúde publica. Na Europa, por exemplo, os índices variam de 3,5% na Alemanha a 10,1% na Suíça”, assegura Heleno.
Pesquisa do Ministério da Saúde apontou que os maiores índices de pacientes com infecção foram obtidos em hospitais públicos = 18,4%, e os menores em hospitais privados sem fins lucrativos = 10%.
As regiões mais afetadas são: sudeste = 16,4%, nordeste = 13,1%, norte = 11,5%, e centro-oeste = 7,2%.
Fonte: Yahoo Noticias, 19 de julho 2006

Nas duas ultimas reportagens se falou em mortes causadas por infecções hospitalares, entretanto, está é só uma das faces, porque os riscos de perder a vida sofrem ampliações devido à imperícia medica.
No Brasil, que não é um país rico em estatísticas, de maneira especial daquelas que não lhe são favoráveis, as reportagens limitam-se a indicar os decessos causados pelas infecções hospitalares, mesmo se nos últimos anos são muitas as associações que afirmam que as mortes por erro medico estão em assustadora ascensão.
Deste modo, como não existem estatísticas que apontem os óbitos provocados pela imperícia medica, para criarmos um cenário aproximado dos riscos que tangenciam quem fica doente porque não acredita nos métodos preventivos, ou simplesmente julga que estes são muito trabalhosos, vamos recorrer às estatísticas oficiais de países como a Itália, Portugal e os Estados Unidos da América.

Na Itália, são 90 por dia as mortes causadas pela pratica da má medicina. Pesquisas de anestesistas e de jornais especializados, demonstram que 50% das mortes que acontecem poderiam ser evitadas.
Roma – Os erros da medicina causam mais vitimas do que os acidentes de transito, do enfarte e de muitos tumores. Estima-se que quase 90 mortes diárias sejam causadas por erro medico, uso errado de fármacos, dosagens erradas e “cochilos” cirúrgicos.
Estes números, segundo a associação dos anestesistas, seriam 15 mil anualmente, e segundo a “assinform” - editor de revistas especializadas no setor de risco medico - seriam 50 mil. Além destes óbitos, 320 mil pessoas, anualmente, são prejudicadas pela medicina, e isso representa um custo equivalente a 1% do PIB, ou seja, 10 bilhões de Euros.
Esta situação deverá ser discutidas entre expert, médicos, representantes de instituições e pacientes durante a primeira “Consensus Conference sul Risk Management in Sanitá”, no dia 23 de setembro na sede da “Guardia di Finanza de Ostia” em Roma. O objetivo é constituir o “observatório” dos riscos sanitários e a database nacional dos erros médicos.
As indagações a respeito das intervenções de contenção dos riscos da saúde, afirma Cesare Cursi, subsecretario da saúde, ao longo da apresentação desta iniciativa – devem ser de interesse de todas as áreas nas quais o “erro” pode ser cometido ao longo do percurso clinico: diagnostico, cura e assistência ao paciente.
Um primeiro relatório a respeito dos erros que são cometidos nos hospitais foi realizado pela Comissão Técnica Sobre Risco Clinico, instituída pelo Ministério da Saúde. Este indica que o maior numero de erros é cometido nas salas cirúrgicas:
Salas cirúrgicas, 32%;
Seções de indigência, 28%;
Departamentos de urgências, 22%;
Laboratórios 18%.
Enquanto que as quatro especializações de maior risco são:
· Ortopedia e traumatologia, 16,5%;
· Oncologia, 13%;
· Obstetrícia e ginecologia, 10,8%;
· Cirurgia geral 10,6%.
As causas pendentes nos tribunais, relativas aos enfrentamentos medico/paciente, estão entre 12 a 15 mil por ano, nas quais cerca se 2/3 dos sanitaristas acabam sendo absolvidos. A demanda de ressarcimento por danos, segundo dados da Ania, a Associação que representa as empresas de seguro, soma 2.4 bilhões de Euros por ano.
Infelizmente, o índice de risco na medicina jamais será zero, explica o ministro da saúde, mas com o nosso empenho deve ficar próximo de zero.
Fonte: Jornal “Corriere della Sera” do dia 17 de setembro 2004

Nos Estados Unidos cerca de 195 mil pessoas podem estar morrendo anualmente nos hospitais por causa de erros médicos facilmente evitáveis, disse uma empresa de consultoria na terça feira, ao apresentar um resultado que dobra as cifras anteriores.
A HealthGrades, do Colorado, disse ter dados relativos a todos os 50 estados dos EUA, inclusive mais atualizados daqueles que serviram de base para um estudo de 1999 do Instituto de Medicina, que atribuía 98 mil mortes anuais a erros médicos.
“O estudo da HealthGrades mostra que o relatório do Instituto de Medicina pode ter subestimado o numero de mortes provocadas por erro medico e, alem do mais – indica - que há poucas evidencias de que a segurança dos pacientes tenha melhorado nos últimos cinco anos”, disse Samantha Collier, vice-Presidente da empresa para assuntos médicos.
A companhia classifica hospitais com base em vários critérios e transmite essas informações a planos de saúde e seguradoras. Ela disse que seus funcionários examinaram três anos de dados da saúde publica em todos os estados e na Capital, Washington.
“Esta população do Medicare“ (sistema de saúde dos EUA), representa aproximadamente 45% de todas as internações hospitalares - excluindo pacientes de obstetrícia - nos EUA, entre 2000 e 2002, disse a empresa em nota à imprensa.
Entre os graves erros identificados pela HealthGrades, estão as falhas no resgate de pacientes em estado grave, e infecções em pacientes que não representavam risco de morte. A pesquisa do Instituto de Medicina não incluía estes dois aspectos.
O estudo aponta 1,14 milhão de incidentes relativos à segurança dos pacientes entre 37 milhões de internações no período. “Do total de 323.993 mortes entre os pacientes do Medicare, nesses anos que envolveram um ou mais incidentes de segurança, 263.864, ou 81%, destas mortes, foram diretamente atribuídas aos incidentes” disse o texto. “Em cada quatro pacientes do Medicare que foram hospitalizados entre 2000 e 2002 e tiveram um incidente, um morreu”.
O governo dos EUA diz que pretende obrigar os hospitais e clinicas a manterem bancos de dados eletrônicos, inclusive com registro das prescrições medicas. O Instituto de Medicina disse que muitas mortes provocadas por erros médicos envolveram falhas na prescrição e administração de medicamentos.
“Se a lista anual das principais causas de morte elaboradas pelos Centros para Controle de Doenças e Prevenção incluísse os erros médicos, esse índice assumiria a sexta posição à frente do diabete, da pneumonia, do mal de Alzheimer e das enfermidades renais”, disse Collier.
Fonte: Washingtos (Reuters) – Yahoo Noticias, terça feira 27 de julho 2004

Em Portugal todos os anos morrem nos hospitais três mil pessoas devido a erros cometidos pelos profissionais de saúde. Quarenta e cinco por cento ocorrem durante as cirurgias e de 20 a 30 por cento são devidos a falhas na prescrição de medicamentos. A estimativa é feita por Luís Martins e José Fragata, autores de um livro sobre erro médico que será lançado este mês, e que ontem foi noticiado pelo Expresso.
Tal como já havia explicado Luís Martins ao DN, «esta estimativa parte de estudos conduzidos nos EUA» adaptando-os à realidade nacional. Porém, o levantamento exaustivo deste fenômeno está ainda para ser feito neste País.
Para este professor do ISCTE, «o erro médico é a ponta do iceberg de uma gestão hospitalar desadequada», e pode ser minimizado ao aperfeiçoar-se a organização das unidades de saúde.
O bastonário da Ordem dos Médicos, sublinha que o erro médico é diferente da negligência, e muito mais freqüente, concordando que este é «muitas vezes conseqüência da própria estrutura organizacional» das instituições. Por isso, considera que devia haver uma responsabilidade partilhada com os conselhos de administração. Apesar de sublinhar que «o ideal é não haver erro nenhum», Germano de Sousa considera que três mil casos por ano não é um número elevado, comparando com a realidade internacional.«O organismo humano não é uma máquina, não se pode prever com exatidão o resultado do que se faz», afirma. Além disso, trata-se de uma profissão de risco. «Os médicos estão sujeitos a situações de grande pressão, sendo obrigados a tomar decisões de urgência que mais tarde podem vir a revelar-se erradas. São erros aceitáveis e nada têm a ver com negligência, que se aplica apenas aos casos em que um médico não atua da melhor forma, por incompetência ou desleixo», defende. Por isso, Germano de Sousa diz que, independentemente de se encontrar culpados, quando estes existem, há uma responsabilidade que deve ser assumida pela instituição de saúde e não apenas pelo médico, havendo já diretivas comunitárias que o prevêem.
Recorde-se que, em 2002, a Inspeção-Geral de Saúde investigou 348 casos por negligência. Destes, foram aplicadas 47 penas, 23 a médicos e 24 a enfermeiros.
Fonte: Diário de Noticias de 7 de novembro 2004

Na Europa, segundo o relatório que a Pfizer Corporation apresentou em Bruxelas no dia 25 de junho de 2003, devido às doenças relacionadas à má alimentação, fumo, álcool etc, além do sedentarismo, a expectativa média de vida é de 78,20 anos, enquanto que à da saúde é de 69,83 anos. Estes dados indicam que mediamente o europeu vive os últimos 8,37 anos de sua vida com a saúde precária.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, segundo informes divulgados em fins de 2005, diz que em 2004, a esperança de vida ao nascer – expectativa de vida – alcançou 71.7 anos, com acréscimo de 0,4 anos (4 meses e 24 dias) em relação a 2003.
De acordo com suas informações, no ranking de expectativa, o Distrito Federal ocupa o primeiro lugar com esperança de 74,6 anos, e Alagoas, o ultimo, com esperança de 65.5 anos. Segundo ele, este acréscimo de 0,4 anos se deve à “relativa melhoria” no acesso aos serviços de saúde, campanhas nacionais de vacinação, aumento do nível de escolaridade da população e investimento na estrutura de saneamento básico, entre outros.
No entanto, como o IBGE não calcula a expectativa de saúde, o brasileiro não pode medir, como fazem os europeus, quantos anos no fim da sua vida mediamente deverá sofrer se não adotar as medidas preventivas cabíveis. Não existindo esta informação – que na melhor das hipóteses pode ser semelhante a dos europeus - torna-se imprescindível ajuizar o que cada um está fazendo não só para ampliar a expectativa de vida, mas para garantir que toda ela seja vivida com boa saúde.
Sem duvida, estamos de pleno acordo com a ciência quando esta diz que idade avançada, por si só, não é sinônimo de decrepitude.
Destarte, vamos deixar para os preguiçosos, aqueles que dizem; “não tenho tempo para investir na saúde”, ou “è muito cansativo correr todos os dias” que as enfermidades que com certeza virão a sofrer, exerçam a pressão adequada para que “este tempo que dizem não ter” seja encontrado, uma vez que, “enquanto hospitalizados”, poderão relaxar lendo, entre outros, o livro “Memórias de Minhas Putas Tristes” do escritor colombiano Gabriel Garcia Marques, que em um dos seus trechos diz:
“idade não é a que a gente tem, é à que a gente sente”, mas isso não quer dizer sentir-se bem. “Me acostumei”, diz o protagonista, “a despertar cada dia com uma dor diferente que ia mudando de lugar e forma, à medida que passavam os anos. Ás vezes parecia uma garrotada da morte que no dia seguinte se esfumava”.
Se a idade não é a que a gente tem, mas à que a gente sente, então para que esperar? Vamos assumir de imediato as medidas cabíveis para nos sentirmos sempre jovens e sadios, independentemente da idade que tivermos.

CHACRAS, SALVAGUARDAS NATURAIS

Em relação ao corpo humano, convencionou-se chamar psicossomático o que se refere ao mesmo tempo aos domínios orgânicos e psíquicos, e, se considerarmos o que é dito nos dicionários, a psique é a alma ou espírito e o soma é o organismo físico. Estes mesmos glossários esclarecem que o homem, em si mesmo, é composto por dois corpos: o psíquico, portanto fluídico, e o físico, por conseguinte matéria.
Esta concepção, mesmo se por alguns não é aceita – entre os religiosos e os cientistas se encontram os maiores oponentes - antes ou depois forçosamente o será, porque estes, depois que como espíritos deixarem seus restos mortais no jazigo mendigarão, a quem quer que possa vê-los ou ouvi-los, os esclarecimentos que na nova condição julgarão oportunos para amenizar seus sofrimentos. Sim, ninguém perde por esperar.
O psicossoma, em outras palavras o organismo combinado de matéria e espírito, subdivide-se em oito províncias, cada uma delas administrada por um “centro de força” que desde os tempos mais remotos é conhecido como chakra. Em sânscrito, roda.
Os chakras são estações de uma rede energética maior que recebe energia dos mananciais cósmicos e, enquanto um deles, o coronário, recebe esta energia, o cerebral, também conhecido como frontal, é o distribuidor dela. Como tal, retem para seu uso o que necessita e distribui o restante para as demais seis estações. Estas, recebendo-a - imitando o chakra frontal - a redistribuem para suas próprias sub estações e estas se encarregam de energizar os campos celulares de sua responsabilidade.
Para exemplificar, vamos imaginar uma cidade que recebe em uma estação central (o chakra coronário) a energia gerada em Furnas, por exemplo, e que em seguida a retransmite a uma estação secundaria (o frontal), que além transmiti-la para as suas próprias subestações, a distribui concomitantemente para outras seis iguais a ela para que estas por sua vez a forneçam à suas próprias subestações.
Na cidade, os usuários de cada subestação são residências, centros de comercio ou industrias que como tais, através dela, desenvolvem suas respectivas atividades, desde, claro, se forem alimentadas com energia adequada. Adequada, porque ela deve estar harmonizada com os padrões de 110, 220 ou 330 Volts, admitindo uma pequena variação para acima ou para baixo. Sabemos, todavia, que se estes padrões não forem observados, as lâmpadas, os equipamentos e as maquinas utilizadas pelos consumidores, vãos se danificar e parar de funcionar.
Pode acontecer, como de fato uma vez ou outra acontece, que por um evento qualquer uma ou mais subestações deixam de operar. Neste caso, toda a atividade exercida nas áreas atingidas é paralisada ou pode continuar em caracter precário por algum tempo. Estas interrupções podem ter causa local ou centralizada. Se local, a reativação deve ser processada na própria subestação, e se centralizada, na estação central.
O que desejamos frisar, é que quando a distribuição energética, pelo motivo que for, é sustada, tem que ser reativada no menor tempo possível, porque o prejuízo causado pela sua auxencia se amplia na mesma proporção em que se prolonga o apagão. Lembrando, ainda, que se o fornecimento de energia não for restabelecido, muitos consumidores: empresas, hospitais ou o que forem, por permanecerem não operacionais, irão se asfixiar e posteriormente “morrer”.
No corpo humano o mecanismo é semelhante. As células do corpo espiritual, ao reencarnar, trazem suas próprias energias (os Fluidos Vitais), mas estas devem ser constantemente protegidas pelos chakras para que continuem cumprindo suas tarefas.
O chakra coronário é a estação central, o frontal a estação secundaria, e os demais seis chakras são: laríngeo, cardíaco, mesenterico, gástrico, básico e genésico. Cada um destes seis chakras possue quatro sub chakras para redistribuir a energia que recebe, e para isso utiliza a rede de nadins (canais distributivos), que lhe é própria.
No caso da cidade, como vimos, os usuários são residências, comercio, industrias, hospitais etc., mas no caso do corpo humano, são as células que compões órgãos, tecidos corpóreos e sistemas vitais que para continuarem executando suas funções e se renovarem para que não haja problemas de continuidade, necessitam constantemente serem “calibradas” pela energia que emana dos mananciais cósmicos, que chega até elas por meio dos chakras.
Quando o padrão desta energia cósmica é afetado, por explosões solares ou outras radiações perniciosas, Poe exemplo, o chakra coronário imediatamente se fecha obrigando os demais chakras - se este apagão perdurar mais de algumas horas - a se predisporem para sugar de seus duplos do corpo físico (no corpo físico existe uma rede idêntica) a energia que necessitam para manter em atividade os campos celulares de suas províncias.
Mas, vamos suspender momentaneamente esta explicação para retomá-la depois de ler o que a ciência diz a respeito das radiações cósmicas.

E lá vamos nos em busca desses raios misteriosos, bilhões de vezes menores que um grão de poeira. Eles chegam à Terra vindos de todas as direções, a todo instante. Nenhum obstáculo consegue detê-los. E a gente nem percebe.
Neste exato momento, milhares de raios cósmicos estão atravessando o meu corpo, e também o seu, que está lendo. Só que este tipo de raio cósmico, que cai de montão aqui na Terra, não interessa tanto para os cientistas. Eles preferem os mais raros.
E para estudar esses raios, eles vão para lugares distantes, como aos pés da cordilheira dos Andes. Uma região plana, que tem dias ensolarados e noites límpidas, ale de ar seco e ficar longe da civilização.
“Os de mais alta energia vem numa taxa que é um raio por quilometro quadrado por século. Ou seja, se você tem um aparato de um quilometro quadrado, você tem que esperar um século para ver um” explica Carlos Escobar, da Universidade Estadual de Campinas.
Captar eventos tão raros exige uma iniciativa ambiciosa, gigantesca. É algo assim foi inaugurado esta semana (22/11/2005), na pequena Malargue, oeste da Argentina: o Pierre Auger, um observatório para caçar raios cósmicos. Esta idéia foi, principalmente, de James Cronin, premio Nobel de física em 1980.
Os cientistas que vem para cá querem emoção, fazer descobertas, diz Cronin, e a Brasileira Ângela Olinto, chefe do departamento de Astrofísica da Universidade de Chicago, explica: Esse tipo de sabedoria que a gente está tentando acumular aqui são coisas que a gente nem sabe quais serão as conseqüências. Queremos entender de onde vem essas partículas de energias altíssimas, que a gente chama de raios cósmicos ultra-energéticos.
Para resolver esse grande enigma da ciência, o observatório, o maior já construído para raios cósmicos, usa dois métodos de detecção. Telescópios e tanques de água.
Os telescópios, 24 no total, captam os raios cósmicos a 40 quilômetros de altura. Os raios chegam na velocidade da luz, vindo de algum ponto desconhecido do espaço. Quando eles batem na atmosfera, emitem uma luzinha muito tênue, chamada fluorescência. É ela que os telescópios ultra-sensíveis conseguem enxergar. “É equivalente a uma lâmpada de cinco watts a 40 quilômetros de distancia, percorrendo o céu na velocidade da luz”, explica Escobar.
O segundo método de detecção são os tanques. Nada menos que 1.600 deles, espalhados por uma área tres vezes maior que o município do Rio de Janeiro. Eles funcionam a energia solar e contem 12 toneladas de água.
Ao entrar na atmosfera, os raios se espalham num formato que lembra um chuveiro, e vem descendo. “Quando as partículas chegam nesses tanques, elas penetram, entram dentro da água, e causam uma pequena fluorescência, uma pequena luz dentro da água”, relata Ronald Shellard, do centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Essa luzinha é captada por sensores dentro do tanque.
Tudo para descobrir onde fica a fabrica destes raios cósmicos ultra-energéticos, porque a pergunta que deve ser respondida é: que lugar é esse capaz de produzir energias tão altas? As possibilidades são muitas!
Será que os raios cósmicos são relíquias do big bang, a explosão que criou o universo há 14 bilhões de anos? Ou será que eles são fabricados naqueles lugares misteriosos do cosmo, os chamados buracos negros? Pode ser até que eles venham de outras dimensões”
Fonte: http://fantastico.globo.com.

Obrigando os demais chakras (dizíamos antes de interromper a explicação), se este apagão perdurar mais de algumas horas, a se predisporem para sugar de seus duplos do corpo físico a energia que necessitam para manter em atividade os campos celulares de suas províncias. Entretanto, levando em conta que o corpo físico dificilmente se encontra plenamente harmonizado, quando tentam sorver as energias que necessitam, se constatam que estão vibracionalmente desarmonizadas devido a degenerações celulares, por influencia espiritual ou até pelo stress, para se protegerem eles também se fecham.
De tal modo, se o efeito negativo das explosões solares etc.etc. se estende por algum tempo, o chakra coronário permanece inativo pelo mesmo período. Mas, ao retornar à normalidade, dependendo do tempo que permaneceu ocioso, ou se outros chakras tiverem se fechado e assim permanecido, este bloqueio pode continuar indefinidamente ou até o momento em que o sistema chakrico for reativado por alguém que saiba fazê-lo ou quando o individuo, sem se dar conta do que acontece, vivendo momentos de plena e irrestrita alegria, inconscientemente o ativa.
Os agentes citados que bloqueiam os chakras são só alguns dos muitos possíveis. Os demais são:
Agentes que comandam o fechamento definitivo:
Ancianidade, quando o corpo físico já está quase que completamente desligado do corpo espiritual. Em outras palavras, quando se aproxima o desencarne.
Quando os chakras se autodesativam devido ao agravamento de uma enfermidade sem chances de cura.
Influencias espirituais.
Como conseqüência, no tempo, da não reativação de um ou mais chakras que se fecharam por causas diversas.
Agentes que comandam o fechamento progressivo:
Fumo de cigarro, remédios (qualquer um desde que seu uso seja prolongado ou administrado em doses excessivas - antibióticos, corticoides, antidepressivos, aplicações de radioterapia ou quimioterapia, drogas - quais quer que elas sejam - incluindo bebida alcoólica).
Ingestão excessiva de alimentos inadequados, industrializados, ou contendo, por exemplo, alem de estabilizantes, corantes etc.etc., excesso de gorduras saturadas ou trans.
Infecções a vírus.
Irritação, insatisfação, intolerância, angustia, guardar rancor, não perdoar, remorso, medo, não aceitar insucessos ou os demais eventos indesejáveis que a vida a todos reserva. Em fim, o stress com todos os efeitos que flagelam o corpo e a alma.
Sol, frio ou umidade em excesso.
Ingestão de alimentos deteriorados.
Viver ou trabalhar em ambientes poluídos.
Falta de higiene.
Não praticar sexo.
Esforço excessivo tenha ele origem no trabalho, no lazer ou no esporte.
Influencias espirituais.
Qualquer situação que impeça que o individuo se mantenha equilibrado e em paz consigo mesmo.
Chakra Genésico
Chakra Basico
Chakra Gástrico
Chakra Esplênico
Chakra Cardíaco
Chakra Laríngeo.
Chakra Frontal.
Chakra Coronário.
Ratificando: os chakras podem se reabrir espontaneamente exercendo quaisquer atividades prazerosas que, por satisfazer profundamente, façam esquecer magoas, rancores, medos, preocupações ou qualquer outra forma de constrangimento. No entanto, doar-se aos outros por benignidade, em outras palavras, estar sempre pronto a socorrer ao próximo, não só é a melhor forma de reativá-los, mas de mantê-los constantemente operantes.

Envolver-se em causas sociais não traz vantagens apenas para quem é ajudado. Uma pesquisa da Universidade de Michigan, nos EUA, constatou que a expectativa de vida é maior entre as pessoas que fazem trabalho voluntário.
Fonte: revista Veja de 20 de julho 2005

Os chakras também podem ser abertos através de ação específica: - esta autoterapia, para ter sucesso, deve ser exercida pela manhã, a jejum, após ter concluído a higiene pessoal. Exige que seja disponibilizado o tempo necessário, em outras palavras, que durante os minutos dedicados a ela, a mente não seja ocupada por outros pensamentos.
Deve-se escolher um lugar tranqüilo, a sos, sentar-se em uma cadeira, fechar os olhos e não pensar em nada até relaxar. Feito isso, os religiosos devem elevar uma prece ao alto, e os que não são, tem que mentalizar um buquê de rosas brancas. Feito isso, a mente deve ser condicionada para “ouvir” um solo de violino. Ouvindo-o, o corpo de imediato começa a vibrar docemente confirmando o sucesso da primeira fase.
Conservando-se ouvindo o solo de violinos, a mente deve “ver” (imaginar) o chakra coronário, na posição correta, envolto por uma grande luz clara, luz esta que, mesmo prosseguindo a iluminá-lo, deve ser levada para o chakra frontal (mais uma vez tem que ser “visto” e iluminado), prosseguindo, sucessivamente, até o ultimo chakra que é o genésico. Superada esta fase, devem ser “vistos” os oitos chakras iluminados e interligados entre si pela luz. A terapia é bem sucedida quando um amplo bem-estar invade o corpo e este é estremecido por pequenas e suaves vibrações.
É possível que entre os que se motivarem a praticar essa terapia alguns não alcancem o sucesso ao longo das primeiras 5/10 experiências, porem, se continuarem tentando, perseverando mesmo, o conseguirão.
Para realizar esta terapia os chakras devem ser mentalizados, e para que isso seja possível, deve-se “imaginar” a figura abaixo, mesmo se em termos de detalhes há algumas diferenças entre eles.


A “natureza”, aliás, tem formulas mais simples para perpetuar as espécies, mas estas, mesmo se são restritas aos mamíferos, o homem, que se julga sábio, poucas vezes consegue utilizar. È assim que, enquanto as características genéticas que lhe são próprias tentam continuamente preservá-lo, ao viver constantemente indignado porque “sonhando demasiadamente alto” não consegue realizar seus sonhos, destrói o que a natureza constrói.
Sim, em todos os atos sexuais bem sucedidos, entendendo-se como tais os que permitem que ao longo deles “dois se tornem um”, os chakras são ativados em poucos segundos e por esse meio voltam a se harmonizar. No entanto, isso não é tudo, porque quando este relacionamento exclusivo explode no êxtase final, de 30% a 40% das tensões emocionais que os parceiros carregam, são queimadas.
Esta afirmação, mesmo se pode ser confirmada por aqueles que conseguem se servir desta “ceia” exclusiva, é mais uma das que ainda não são compartilhada pela ciência, porque como veremos em seguida, ela se limita a tangenciar a verdade. Tangenciando, porém, jamais se chega ao âmago da questão.

Para que serve o sexo. Para que a humanidade se reproduza? Sabe-se que quase todos os organismos inferiores não necessitam dele. Entre estes muitas plantas e aproximadamente 43 mil espécies conhecidas de vertebrados (entre eles alguns peixes, répteis e anfíbios), mas não os mamíferos. Porque? Existem duas explicações: a primeira diz que serve para misturar os genes e favorecer a evolução e a salvaguarda da espécie, e a segunda - mais recente – é a que vê o ato sexual como uma atividade para “reparar” o DNA.
Segundo o modelo até agora aceito, o de Lucrezio-Weisman-Fisher-Muller, a reprodução sexual favorece a continua mistura dos genes, e, por conseguinte, das características que neles são codificadas, em outras palavras, aumenta a biodiversidade, a possibilidade de misturar os genes para evitar os riscos vitais para as espécies, ou seja, as mutações ambientais desfavoráveis aos genitores poderiam não sê-lo mais para os filhos que viessem a serem selecionados em base à mistura dos genes. Seria este o segredo da evolução?
Hoje, porem, prevalece um segundo modelo que havia sido intuído por Platão, retomado por Freud, desenvolvido por Maynard Smith e divulgado por Michod em “Eros and evolution” que propõe que o sexo serve para reparar o DNA.
Tratar-se-ia de um “instrumento” para consentir uma reprodução “atualizada” todas as vezes que as células sexuais – gametas - são ativadas. Assim, a cada ato sexual o DNA seria reprogramado e fortalecido, conseqüentemente adequado às mudanças ambientais existentes. Dessa forma, em cada período os filhos nasceriam com as características biológicas adequadas para se adaptarem as condições ambientais existentes. Esta seria a formula que a natureza utiliza para garantir a continuidade evolutiva das espécies sexuadas, e a descontinuidade das assexuadas.
Anos atrás, em 1965, o premio Nobel de fisiologia François Jacob, um dos descobridores do RNA-mensageiro - uma molécula que atua como intermediária na síntese de proteínas comandada pelos genes, notou que a natureza mais do que “reparar”, “recicla”, e escreveu isso no seu livro “la logique du vivant, une Histoire de l´ Héredité”.
O homem é composto de bilhões de células, diferenciadas em cerca de 200 tipos que se reconduzem a duas únicas linhas: a somática - sangue, coração, cérebro e pele etc.- e a sexual -gametas; espermatozóides nos machos e óvulos nas fêmeas - sendo que as primeiras, as células somáticas, responsabilizam-se pela vida do organismo, e as segundas, as sexuais, a sua reprodução. Cada célula é repleta de proteínas: RNA etc. Mas tem um único DNA que depois de fazer a sua parte permanece em repouso e faz trabalhar suas copias de reserva que garantem a continuidade de suas funções. O DNA é “finito” porque vive só uma vida nas células somáticas, enquanto que nos gametas se perpetua porque passa de uma geração para outra.
O DNA de cada célula humana contem três bilhões de “cartas” combinadas com palavras diferentes: quatro de base azotada, A,C,G e T, em uma infinidade de combinações diferentes, todas muitos sensíveis porque radiações e substancias químicas ceifam diariamente milhares delas. Desta forma, alterações de estrutura, mutações ou alterações de seqüência etc. se acumulam, causando enfermidades genéticas e acelerando o processo de envelhecimento. Danos que a célula somática continuamente repara se são poucos ou ativa um programa de suicídio celular resguardando o organismo se são muitos. Se forem demais, pode explodir um cancer ou outra enfermidade terminal qualquer.
Fonte Jornal “Corriere della Sera” do dia 13 de abril 2004

Desde Sigmund Freud - 1856-1939 - a ciência tenta explicar as conexões entre a sexualidade e o bem estar físico e mental. Quando o pai da psicanálise escreveu seu ensaio sobre ansiedade e neurose, em 1895, dando uma ênfase até então inédita à sexualidade, choveram criticas. Freud achou melhor rebatê-las em um outro artigo no qual foi ainda mais enfático.
Freud escreveu: “Muitas doenças mentais e as fobias, em especial, não ocorrem quando a pessoa leva uma vida sexual normal”. Sobre a pedra fundamental das analises de Freud ergueu-se um monumental edifício de estudos da sexualidade e de seu impacto sobre outras dimensões vitais do ser humano. Os médicos investigam com crescente interesse como as carências sexuais podem produzir doenças físicas e psicológicas e, por outro lado, como certas moléstias afetam o desempenho e a satisfação sexual. As depressões, os males cardíacos e circulatórios, e a diabete, são doenças com impacto direto sobre a sexualidade.
Na década de 90, a Organização Mundial de Saúde incluiu o sexo na lista dos parâmetros utilizados para definir a qualidade de vida de uma pessoa. Os outros são: capacidade de trabalhar, não depender de ninguém para as tarefas do dia-a-dia e manter um convívio familiar e social satisfatório. O sexo seguro, freqüente e prazeroso - explicam os médicos - pode proteger o coração, evitar a insônia, aliviar o stress, fortalecer o sistema imunológico, combater a ansiedade, regular o humor, emagrecer e até atrasar um pouco o ritmo de envelhecimento.
As delicias (ou não) da alcova, repercutem em todas as esferas da vida de uma pessoa. Oito de cada dez brasileiros (homens e mulheres) vitimas de problemas sexuais, declaram que suas aflições afetam o trabalho, o convívio com os filhos, as relações sociais, o lazer. Sem contar, obviamente, o desgaste do relacionamento com o parceiro.
Fonte: revista Veja de 19 de janeiro 2005

Retornando aos chakras, existem muitas afirmações que se contradizem entre si a respeito do numero deles, da localização, da atividade que exercem ou de como podem ser ativados, assim como há dezenas de interpretações diferentes da bíblia que dão origem a credos dessemelhantes. De tal modo, enquanto alguns acreditam que a massagem ayurvédica os ativa, outros julgam que só podem ser ativados pela meditação, enquanto outros ainda têm como certo que podem ser ativados por passes espirituais ou luzes coloridas. Os que conseguem “vê-los”, entretanto, são os únicos que possuem a faculdade de testemunhar a verdade.

MEDITAR REEQUILIBRA A MENTE

Hoje, depois que a ciência ratificou que a meditação fortalece o organismo e reduz o stress, são milhões, no mundo, os que praticam a meditação. É recomendada para prevenir ou controlar a dor das enfermidades crônicas, doenças de qualquer natureza inclusive cardiovasculares, restabelecer o equilíbrio durante distúrbios psiquiátricos como a depressão, a hiper-atividade ou a falta de atenção, diz Daniel Goleman, autor de “Destructive Emotion”, um livro de “conversação entre o Dalai Lama e um grupo de neurólogos”.
Mas o resultado mais interessante é o que emerge dos estudos mais recentes, porque afirma que a meditação ativa a mente e revitaliza o cérebro.
Uma questão de interesse para a neurociência é saber como é ativado o cérebro dos budistas ou das demais pessoas sabias, felizes ou virtuosas, e de que forma se reflete no cérebro a felicidade, a serenidade ou afabilidade que tem origem na meditação. Estas respostas já começam a serem obtidas por intermédio da tomografia ou a ressonância magnética, e demonstraram que existem duas áreas principais envolvidas nas emoções, no humor e temperamento.
A amígdala - uma estrutura simétrica em forma de amêndoa situada no proencéfalo – e as regiões adjacentes, fazem parte de um sistema de alerta rápido que gerencia o medo, a ânsia e a surpresa, sendo provável que estas estruturas ainda estejam envolvidas em outras emoções fundamentais como a raiva. A segunda área compreende os lóbulos pré-frontais.
Estas pesquisas permitiram a alguns neurocientistas estudar o cérebro dos budistas, e entre eles, o Dr. Richard Davidson do laboratório da neurociência da Universidade de Wiscousin, EUA. Ele descobriu que os lóbulos pré-frontais esquerdos, dos budistas que praticam a meditação, ativam-se de forma constante e não só durante a pratica da meditação. É uma informação significante porque esta “atividade” nos lóbulos pré-frontais esquerdos indica emoções boas e bom humor, enquanto nos lóbulos pré-frontais direito indica emoções negativas.
Estas pesquisas, realizadas com os budistas de Dharamsala, na Índia, onde vive o Dalai Lama, demonstraram que estes seres são verdadeiramente felizes, e atrás desta felicidade os lóbulos pré-frontais esquerdos são sempre “acesos”.
Contudo, estes budistas não nascem felizes porque não é racional admitir que perfaçam um grupo biológico tão homogêneo a ponto de fazê-los nascer com o “gene” da felicidade, e que seja este que mantem ativos este lóbulos. Por conseguinte, a hipótese mais plausível é que exista alguma coisa nas praticas budistas que permita isso.
Em verdade, como já afirmamos, os monges tibetanos há milênios se habituaram a conviver com tudo o que a vida lhes dá, incluindo “os opostos” por mais opostos que sejam, e a sua história diz isso de muitas maneiras diferentes. Um exemplo é este provérbio: “Se o problema que está diante de ti possue solução, não se aflija. Mas não se angustie também se o problema é insolúvel, porque ao se aborrecer você cria um segundo problema”.
Mas quais são os efeitos da meditação budista sobre a amígdala e demais redes de neurônios do proencéfalo sub-cortical?
Através de Joseph LeDoux da Universidade de Nova Yorque, sabe-se que um individuo pode ser condicionado, através da amígdala e do tálamo, a se assustar até por coisas insignificantes, e sabe-se ainda que é extremamente difícil contrariar o que a amígdala “pensa ou sente” ao se utilizar tão somente o pensamento racional e consciente.
Alguns trabalhos preliminares evidenciam que a correta pratica meditativa “domesticaria” a amígdala. Paul Ekman, do centro medico da Universidade da Califórnia, em São Francisco, descobriu que quem medita não fica nervoso, não se agita e muito menos se surpreende como as demais pessoas com barulhos repentinos, mesmo se estes são provocados por armas de fogo.
Hoje, os antidepressivos são os fármacos utilizados para contrastar as emoções negativas, mas nenhum antidepressivo pode tornar uma pessoa feliz.
Mas, o que acontece ao meditar? Concentrando-se, o sujeito inibe vagarosamente seu “eu” material e expande o espiritual. Em outras palavras, apagando da mente as agitações do cotidiano - entendendo como tais tudo que o prende à matéria - focando a si mesmo, consegue mentalizar com facilidade que é parte integrante do universo. De fato, assim procedendo, na medida em que sua imagem corpórea desvanece, se consolida a do o espaço cósmico. A partir desse instante, segundo os grandes mestres, entrando-se em contato com a energia universal, a mente se energiza e polariza.
Aqueles que se iniciam na meditação (os que independentemente dos insucessos iniciais persistem), em poucos meses se perceberão menos tensos e constatarão que sua mente, costumeiramente excitada, relaxa, e que depois disso torna-se mais fácil mitigar as emoções positivas ou negativas que sejam.
Os insucessos iniciais são causados porque a mente, não estando habituada a se aquietar, mesmo com o corpo em repouso (é imprescindível sentar em local confortável e manter a coluna reta), vai continuar divagando: esgueira-se para cá e para lá movida pelas suas inquietações. É esse aspecto que deve ser vencido, mesmo com as dificuldades que existem, porque não é fácil azerar os pensamentos. Eliminado um eis que outro surge carregando as emoções que lhe são pertinentes, e assim sucessivamente, dando a idéia que é impossível detê-los. É esta “obediência mental” que consente ao indivíduo submergir em si mesmo.
Construir um cenário adequado facilita a tarefa: deve-se escolher um local acolhedor, escuro, enriquecendo-o com luz de velas, a flagrância do incenso preferido e por “sons da natureza” ou de violinos a partir de um CD, solicitando, ainda, que ninguém perturbe por 10 a 15 minutos. Esse tempo, logo, deve ser ampliado para 30 minutos ou até mais. Esta “paisagem” possui a atmosfera apropriada para “arrancar” o sujeito do ambiente carregado do quotidiano transportando-o para uma dimensão de equilíbrio e a paz.
Para que a “atmosfera” seja apropriada, é imprescindível também que o corpo físico, assim como a mente esteja bem. Por conseguinte, fome, excesso de alimentação, cigarro e bebida alcoólica são prejudiciais, assim como é prejudicial o cansaço excessivo, gripes, dores ou qualquer outro mal-estar.
Tempos depois se torna relativamente fácil meditar. Fácil a ponto de, independentemente de onde se está, para eliminar as tensões, recuperar o equilíbrio e aquietar a mente é suficiente fechar os olhos por alguns minutos e mentalizar o cenário em que se está acostumado a meditar.

AERÓBICA A ENERGIA DA SAÚDE

Para que o homem possa desenvolver as atividades físicas que lhe competem, ou seja, trabalhar, exercitar-se, divertir-se etc., ou biológicas: crescer corporalmente enquanto criança, renovar as células depois de adulto, recuperar a saúde depois de doenças, contrair os músculos cardíacos e esqueléticos, conduzir os impulsos elétricos - entre eles os que controlam o batimento cardíaco - segregar hormônios, contrair os vasos sanguíneos e assim por diante, necessita de energias.
A fonte primaria dessa energia é o sol, entretanto, como o homem não está equipado para se abastecer diretamente, as plantas verdes executam esta tarefa. Retiram da terra e do ar moléculas inorgânicas de estrutura simples e as transformam, através da fotossíntese - um processo químico que utiliza como fonte de energia a luz do sol - em moléculas orgânicas de estrutura complexa como os carboidratos, gorduras e proteínas, ou seja, os nutrientes de origem vegetal que alguns animais ingerem in natura, e os homens consomem tanto in natura como processados. Estes últimos, contudo, como os animais carnívoros, podem adquirir esta energia alimentando-se de carne.
Estes alimentos, entretanto, necessitam ser transformados em um composto chamado trifosfato de adenosina (ATP) antes que possam ser aproveitados pelo organismo, e isso é feito por meio dos chamados orgânulos mitocôndrios que fazem parte da estrutura de cada célula: queimam as substancias nutritivas ingeridas, para produzir o calor necessário às funções vitais.
Eles se comportam como uma central energética destinada a transformar combustível em energia térmica. No entanto, para fazer isso, necessitam de oxigênio.
O organismo humano, para se oxigenar, foi dotado de um sistema que tem como entrada e saída um único conduto, a traquéia, que se exterioriza através da boca e do nariz. Esse sistema, entretanto, exige que se aspire, para depois exalar, uma certa quantidade de ar que não é aproveitado.


Considerando que o intercambio de gás - oxigênio-anidride carbônica – só acontece através dos alvéolos pulmonares, eis que o ar que entra e sai da traquéia e dos brônquios sem chegar aos pulmões, constitui um porcentual que onera os músculos da respiração sem ter nenhuma utilidade. Este percentual de ar que entra e sai sem participar do intercambio gasoso é chamado “caput mortuum”.
Vamos imaginar que aquelas partes das vias respiratórias que não tem como efetuar o intercambio gasoso, Por exemplo, a traquéia, brônquios etc., tenha uma capacidade de 150 centímetros cúbicos. Assim, se alguém respira profundamente (ex. quatro litros), este “caput”, ou seja, o ar movimentado inutilmente, constitui um percentual aceitável porque equivale a 3% ou 4%. Mas ao respirar normalmente (ex. meio litro – em regime de repouso o volume de ar oscila entre 0,4 e 0,9 L.), à parte deste meio litro que chega aos pulmões corresponde só a dois terços do ar respirado, porque um terço foi retido no espaço representado pela traquéia e os brônquios. Neste caso, o ar respirado inutilmente representa 30%.
A comparação é impressionante: quando respiramos profundamente, como, por exemplo, quando desenvolvemos uma atividade física - especialmente aeróbica - aspira-se 4 litros de ar e 97% deste ar é utilizado, mas quando se respira normalmente, ou seja, como faz o sedentário no dia a dia - sem praticar nenhum exercício - aspira-se mediamente ½ litro de ar e só se aproveita 70% dele.


Nesta figura, a ampola simboliza o aparato respiratório como um todo e, enquanto a parte estreita no alto representa as vias aéreas superiores - nariz, traquéia e brônquios - a forma arredondada inferior simula os pulmões.
Figura 1 - se o ar que entra e sai do aparato respiratório é pouco - porque o ato respiratório é superficial - o ar não chega aos pulmões. Podem-se respirar duas, dez ou cem vezes por minuto, mas o ar entra e sai inutilmente. A ação é cansativa, mas ineficiente.
Figura 2 – a quantidade de ar inspirado é um pouco maior do que no caso anterior, mas mesmo assim é insuficiente para oxigenar os pulmões. A cada respiração o volume de ar inspirado é igual à capacidade das vias aéreas. Mesmo nesse caso, aumentar o numero de respirações por minuto não surte nenhum efeito.
Figura 3 – a quantidade de ar inspirado chega aos pulmões, mas a respiração não é suficientemente profunda para oxigená-los satisfatoriamente. Um pouco daquele ar, mais precisamente o que excede a capacidade das vias aéreas, entra em contato com os alvéolos pulmonares e permite um certo intercambio. Neste caso, aumentar o numero de respirações por minuto ajuda, porque o ar que chega renova o que está nos pulmões, mas a respiração continua ineficiente: leva-se para dentro e fora uma certa quantidade de ar, mas só uma pequena parte dela chega a oxigenar o sangue. É este tipo de respiração que é praticado no dia a dia, em outras palavras, quando as pessoas não estão se exercitando fisicamente. Mesmo aqueles que praticam as caminhadas prazerosas, ou seja, andam sem que aja alteração do ritmo cardíaco, assim respiram.
Figura 4 – quando as respirações são profundas obtém-se o máximo de eficiência, porque a cada uma delas 97% do ar aspirado chega aos pulmões. Esta respiração é a praticada durante os exercícios de aeróbica como correr, marchar etc.
Mesmo assim, nota-se que na parte inferior arredondada - indicada por cor diferente, permanece uma quantidade de ar (oscila entre 0,8 a 1.4 Litros) que é chamada “Volume Pulmonar Residual”. Este ar, que no tempo sofre alguma deterioração, pode se converter em um fator de risco. Para renová-lo, existe uma técnica específica que em sânscrito é chamada “Sukha Pranayama” ou seja: “sukha” (prazeroso) “ayama” (controle) “prana” (sopro vital), um procedimento que se executa em quatro fases e também serva para que o individuo se acalme, se harmonize, se energize e se controle.
Fase um: inspirar vagarosamente contando de um a quinze, e depois expirar vagarosamente fazendo a mesma contagem (repetir cinco vezes).
Fase dois: inspira-se e expira-se como na fase um, retendo, porem, o ar nos pulmões - entre a inspiração e a expiração - enquanto se conta de um até 20 (repetir cinco vezes).
Fase três: inspirar contando até quinze, expirar contando até 15, mantendo entre a expiração e a inspiração os pulmões vazios enquanto se conta de um até 20 (repetir cinco vezes).
Fase quatro: completar a fase dois com a fase três (repetir cinco vezes)
Mas porque o oxigênio é tão importante? Porque é através dele que as células produzem energia, particularmente as células musculares.
Quando um músculo se contrãe e exercita uma determinada força, a energia que é utilizada para comandar a contração provem de uma substancia especial presente nas células chamadas ATP. O ATP é o combustível do corpo assim como a gasolina é do automóvel.
Quanto mais rapidamente e eficazmente as células musculares produzem o ATP, quanto maior será o trabalho que estas células poderão efetuar antes de se cansarem, isso porque, mesmo se as células retem em si mesmas parte desta energia, por esta parte ser limitada, precisam produzir continuamente o ATP para poderem continuar trabalhando. Em verdade, as células musculares alimentam a reserva de ATP utilizando três diferentes processos.
O sistema energético aeróbico: - A palavra aeróbica significa “com a presencia de oxigênio”. O sistema energético aeróbico para a produção de ATP, é predominante quando é fornecido para as células o volume de oxigênio necessário para satisfazer as exigências de produção de energia, lembrando que esta exigência pode ser mínima - por exemplo quando a musculação está em repouso, ou acentuada - quando em regime de esforço físico.
A maior parte das células, inclusive as musculares, contem estruturas chamadas mitocôndrios, estruturas estas que são usinas de produção de energia aeróbica (ATP). Maior é o numero de mitocôndrios em uma célula, maior é a capacidade desta para produzir energia aeróbica.
O sistema energético anaeróbico: - A palavra anaeróbica significa “sem a presencia de oxigênio”. (a produção anaeróbica de ATP acontece no interior da célula, mas fora dos mitocôndrios).
Estes dois sistemas energéticos são as fontes primarias de ATP, ou seja, são ativados quando as células não recebem a quantidade de oxigênio adequada para satisfazer as necessidades energéticas. Na ausência do volume de oxigênio indispensável, como acontece quando uma célula muscular precisa produzir uma grande força rapidamente (levantar um objeto muito pesado, por exemplo), a célula passa para o sistema anaeróbico, e este disponibiliza de imediato uma fonte de ATP.
Muitas células, como as do coração, do cérebro e de outros órgãos, possuem uma capacidade anaeróbica extremamente limitada. Portanto, estas células ou recebem oxigênio continuamente, ou morrem. Por exemplo, se uma artéria coronária (a que fornece sangue e oxigênio ao músculo cardíaco) se obstrui por acumulo de deposito de colesterol, por ela haverá uma redução do fluxo sanguíneo - chamado isquemia - traduzindo-se em insuficiência de oxigênio no músculo cardíaco - seja em regime de repouso como no de esforço físico - situação que freqüentemente produz uma sensação de dor e/ou de pressão no tórax chamada angina pectoris. Se faltar o suporte de oxigênio, como acontece quando se forma um coagulo de sangue em correspondência a uma obstrução da artéria, a área do músculo cardíaco – miocárdio - que se encontra além desse ponto, sofre um enfarte miocárdio, e se o fenômeno envolve grande parte do miocárdio o resultado é um enfarto fatal. Quando acontece no cérebro a isquemia pode originar um ictus.
Diferenciando-se do coração e do cérebro, os músculos esqueléticos, como os tricípites e quadricipitos, têm uma notável capacidade anaeróbica.
Os lipídios - ácidos gordurosos, e os carboidratos - a glicose, são duas substancias (substratos), que as células do corpo utilizam para produzir a maior parte do ATP. Enquanto as proteínas, que são constituídas de varias combinações de aminoácidos, não representam a fonte de energia preferencial. Em um individuo mal nutrido, as proteínas têm uma participação na produção de energia. Todavia, quando uma dieta não fornece a quantidade suficiente de calorias, o corpo é capaz de utilizar as proteínas armazenadas nos seus tecidos musculares para produzir a energia necessária, mesmo se este não é um processo ideal.
Em repouso, quando o sistema cardiopulmonar está capacitado a oferecer a quantidade de oxigênio ideal aos mitocôndrios das células musculares, os ácidos gordurosos e a glicose são utilizados para produzir o ATP. Em outras palavras, em repouso, a maior parte das ATPs necessárias são produzidas aeróbicamente, utilizando seja a glicose como os ácidos gordurosos. Em verdade, em repouso o corpo produz cerca de uma caloria por minuto e 50% desta caloria é produzida com a queima de gorduras mesmo se o individuo é sedentário. No caso de um atleta, para a mesma produção de calorias, são queimadas até 70% do dispêndio calórico em repouso.
Quando a intensidade dos exercícios aumenta, o sistema cardiovascular entra em regime de esforço para aumentar o fornecimento de oxigênio aos mitocôndrios dos músculos que estão sendo acionados para produzir aeróbicamente a quantidade de ATP necessária. Contudo, se a intensidade do exercício é ampliada, em um certo momento - determinado seja pelo nível de fitness do individuo como pelas suas características genéticas - o sistema cardiovascular torna-se incapaz de atender a demanda de oxigênio exigida pelos músculos que trabalham; então estes recorrem ao sistema anaeróbico para produzir rapidamente o ATP que precisam. A magnitude do exercício para a qual não é mais possível fornecer um adequado aporte de oxigênio, é chamada “limiar anaeróbico”, e este é alcançado antes de se chegar ao esforço máximo.
No entanto, o sistema anaeróbico não pode ser utilizado por um período prolongado, porque sua fonte primaria para a produção anaeróbica é a glicose contida nos músculos e no fígado, ou seja, o glicogênio, uma grande molécula constituída por correntes de glicose. Uma segunda fonte para a produção de ATP é o fosfato de creatina, uma molécula que pode ser rapidamente separada para conseguir ajuda na produção de ATP. Todavia, a disponibilidade de fosfato de creatina é extremamente limitada.
Algumas pesquisas desenvolvidas cerca de 20 anos atrás (J. Bergstom e outros) demonstraram que em um atleta bem treinado, os músculos armazenam somente a quantidade de fosfato de creatina - o conjunto é chamado fosfagênio - suficiente para dez minutos de esforço máximo.
Existem outros aspectos que envolvem o sistema aeróbico e anaeróbico, e estes são os resíduos gerados pelos dois processos. Os produtos descartáveis da produção aeróbica de ATP são a água e o anidrido carbônico, ambos bem tolerados pelo corpo e facilmente elimináveis, e é por isso que a produção aeróbica de ATP não provoca fadiga muscular, só exige que os líquidos eliminados através da sudoração sejam repostos. Não mais do que isso porem.
· O excesso de liquido é perigoso – Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e publicado no The New England Journal of Medicine, demonstrou que tomar água em excesso durante os exercícios físicos não só faz mal, como pode provocar a hiponatremia, que é a falta de sódio no sangue. A pesquisa realizada pelos pesquisadores de Harvard analisou amostras de sangue de 488 corredores, antes e depois da maratona de Boston de 2002. Mesmo se a maioria estava hidratada, 13% dos atletas beberam tanta água que apresentavam quadro de hiponatremia, com o estomago inchado, vomito, fadiga e perda de coordenação motora. Esses corredores haviam tomado em media três litros de água ou isotônico. Muita água provoca a diluição do fosfato de sódio que é o mineral que mantem o equilíbrio dos fluidos corporais e ajuda a conduzir os impulsos elétricos para os músculos, inclusive do coração. A ausência deste fosfato pode originar uma corrida de situações neurológicas severas como a dor de cabeça, desorientação e até parada respiratória. Hoje é recomendado que o esportista reponha em liquido exatamente o que perdeu durante o exercício, naturalmente pesando-se antes e depois.
A produção de ATP anaeróbica, ao contrario, segrega entre outras substancias o ácido láctico, e este, aumentando seus níveis nos muscolos, por um lado inibe a continuidade dos exercícios, e do outro causa dores repentinas – queimação - nos músculos que estão sendo exercitados. Alem destas dores os músculos enviam outros sinais quando chegam ao limiar anaeróbico, e um destes é a hiperventilação, ou seja, uma respiração mais veloz do que o necessário sinalizando que a produção de ATP anaeróbico é predominante.
O processo químico que o organismo utiliza para produzir o ATP depende de algumas proteínas chamadas enzimas. Estas são imprescindíveis para acionar a reação química que produz o ATP, seja aeróbicamente como anaeróbicamente. As enzimas que metabolizam as gorduras são diferentes das que metabolizam os carboidratos, assim como são utilizadas enzimas diferentes para metabolizar os carboidratos aeróbicamente, dos que são utilizadas para metabolizar os carboidratos anaeróbicamente. Desta forma, quando um individuo se exercita a uma intensidade abaixo do limiar anaeróbico, as enzimas aeróbicas que metabolizam as gorduras e os carboidratos são envolvidas na produção de ATP, mas quando o ritmo de exercitação é desenvolvido muito próximo do limiar anaeróbico, as enzimas anaeróbicas tem papel dominante na produção de ATP.
Concluindo: O treinamento aeróbico continuado - marchar, correr, pedalar etc. cinco vezes por semana, por exemplo, não só maximiza a queima de gorduras como foi constatado por meio das pesquisas abaixo (A), mas oxigena as células do coração e do cérebro - uma conseqüência benéfica porque estas células possuem uma capacidade anaeróbica extremamente limitada (B), elimina o excesso de líquidos existentes no organismo (C) e amplia a produção de ATP que é o combustível do organismo (D).
(A)- maximiza a queima de gorduras:
O esporte elimina as gorduras ruins que estão no sangue - O sangue contem duas categorias principais de lipídios: o colesterol e os triglicideros. Sabe-se que os dois ampliam as probabilidades de acidentes cardiovasculares. Ora, o exercício físico regular reduz, freqüentemente de forma acentuada, a taxa dos triglicideros e do colesterol ruim, enquanto aumenta o colesterol bom. Infelizmente, se a disciplina física é interrompida, este beneficio é transitório.
Pesquisa 1 – Nos indivíduos que apresentavam uma sobrecarga ponderal, o exercício físico associado a um regime hipocalorico pobre em colesterol e em gordura saturada, determina um aumento mais importante da taxa sanguínea do colesterol bom, o DHL, em relação a indivíduos que seguem unicamente um regime alimentar. Esta é a conclusão de uma pesquisa publicada no “New England Journal of Medicine” realizado sobre um universo de 264 homens e mulheres que apresentavam uma sobrecarga ponderal moderada.
Pesquisa 2 – A equipe medica escocesa do Dr. Findlay, do Hospital Universitário de Glasgow, Escócia, pesquisou o efeito de um programa de treinamento de trinta semana sobre a taxa dos lipídios e da pressão arterial de um grupo de sedentários com idade entre os 35 e 50 anos, que se preparava para a sua primeira maratona. A colosteramina caiu em 12%, os triglicideros em 22% e a pressão arterial em 10%.
Pesquisa 3 – Quando o medico deseja melhorar o equilíbrio sanguíneo lipídeo depois da menopausa, segue um tratamento hormonal substitutivo, o (THS), hoje discutível. Contudo, se aconselhasse a adoção de exercícios físicos seria muito mais acertado. É isso que emerge de um trabalho conduzido nos Estados Unidos sobre 71 mulheres ao longo de onze meses. Elas se deram conta que com o exercício físico - portanto abrindo mão do regime alimentar - sua taxa de colesterol total diminui, o colesterol ruim (LDL) seguiu o mesmo caminho e o colesterol bom, (HDL) aumentou. O simples THS fez diminuir o LDL e aumentar o HDL, sem intervir no colesterol total.
Fonte: Journal of the American Geriatrics Society, 4.03.1996.
(B)-oxigena as células do coração e do cérebro.
O esporte desenvolve o coração. Praticar regularmente o esporte modifica o comportamento do aparato cardiovascular e desemboca em um estado fisiológico particular bem conhecido: um coração forte, animado por contrações extremamente potentes e eficazes, e batendo a um ritmo lento. Diante de um esforço este coração reage com moderada aceleração que pode sustentar por muito tempo sem se exaurir. Depois, ele retorna rapidamente ao compasso natural de repouso. Concluindo: trabalha mais e se cansa menos.
Pesquisa 1- Uma pesquisa longitudinal analisou 1.453 finlandeses de idade media durante um período de cinco anos. Os homens que desenvolviam uma atividade física superior a 2.2 horas semanais, tinham um risco relativo de infarto do miocárdio três vezes menor dos que desenvolviam uma atividade física menos importante. Uma atitude cardio-respiratória elevada, medida com a máxima absorção de oxigênio, determinou uma redução similar do risco. Ao contrario, uma atividade física muito intensa pode aumentar o risco cardíaco, particularmente para os sedentários ou nos indivíduos pouco treinados.
Fonte: New England Journal of Medicine, 1993, junho, 2, p.1549.
Pesquisa 2 – No decorrer de um estudo multicentrico pediu-se a mais de 1.200 enfermos pos-infarto que recordassem a intensidade do seu esforço minutos antes do enfarte acontecer, e posteriormente suas respostas foram confrontadas com outras oriundas de uma população de controle. O risco relativo de infarto foi multiplicado por cem nos doentes que, não desenvolvendo exercícios físicos regulares, se submetiam a qualquer titulo a esforços físicos intensos. Contrariando esta situação, a medição de um esforço físico intenso, feito por pacientes que desenvolviam exercícios físicos cinco vezes por semana, só determinou um risco de 2.4.
Fonte: New England Journal of Medicine, 1993, dezembro, 2, p.1677.
Pesquisa 3 – Um estudo alemão confirma, por outro lado, estes resultados. Depois de um infarto do miocárdio é adequada uma readaptação cardiovascular através de exercitações de pequena intensidade para melhorar a qualidade de vida.
Outro estudo australiano submeteu 224 homens a oito semanas de readaptação cardíaca: um grupo a atividades de forte intensidade, e outro a exercícios físicos de baixa intensidade. Depois de dois anos os dois grupos possuíam a mesma capacidade de trabalho físico, de ansiedade e de bem-estar.
Fonte: BMJ, 1993, Nro. 13, p. 1244.
(C)-elimina o excesso de líquidos existentes no organismo.
O esporte faz emagrecer. - Quando a perda de peso é provocada por um regime alimentar, 50% do peso a menor tem origem nas gorduras localizadas, e o segundo 50% tem origem na diminuição da massa muscular. Este tratamento para emagrecer é difícil de ser mantido devido ao cansaço e as diversas tensões e frustrações que são provocadas pela própria tentativa de persistir no regime. Contrariamente, foi provado que indivíduos praticantes de exercício físico regular, que seguiam um regime caloricamente pobre, mantinham a sua massa muscular intacta porque a perda de peso decorria tão somente das gorduras localizadas. Assim sendo, a associação do regime alimentar com uma atividade física regular, é o meio mais eficaz para eliminar com exclusividade os “arredondamentos” de origem gordurosa.
A experiência: uma pesquisa realizada sobre um universo de 268 indivíduos com idade entre 25 a 49 anos com ligeiro sobrepeso, demonstrou que o exercício físico regular aumenta a eficiência de um regime com baixo teor de colesterol e de gorduras saturadas, alem de reduzir ainda a taxa de lipoproteínas plasmáticas.
Fonte: New England of Medicine, 15.08.1991
(D)- amplia a produção de ATP que é o combustível do organismo.
Quanto mais rapidamente e eficazmente as células musculares produzem o ATP, quanto maior será o trabalho que estas células poderão efetuar antes de se cansarem, isso porque, mesmo se as células retem em si mesmas parte desta energia, por esta parte ser limitada, precisam produzir continuamente o ATP para poderem continuar trabalhando.
Entretanto, se o home prossegue produzindo ATP ininterruptamente, existem outros aspectos importantíssimos: O primeiro é que, mantendo as células do seu corpo físico permanente-mente energizadas, estas não só se conservam por muito mais tempo eficientes, mas o seu ciclo de renovação (morte / nascimento) é constante. O segundo diz respeito ao consumo de “Fluidos Vitais”, porque manter as células do corpo físico permanentemente energizadas, é o único jeito de evitar que estas os suguem. Logo, além de viver saudável, quem se exercita constantemente, será privilegiado com uma maior longevidade.
No momento, entretanto, vamos continuar analisando o que dizem as 25 próximas pesquisas, a respeito dos benefícios que o exercício físico proporciona à saúde, deixando as explicações atinentes aos “Fluidos Vitais” para os respectivos capítulos.
01 - esporte desenvolve a inteligência: Inúmeras pesquisas demonstraram que os esportes de resistência – aeróbicos - como a corrida a pé, a marcha rápida, o ciclismo etc., quando são praticados sem fins competitivos, aceleram o transporte do oxigênio dos pulmões até as regiões mais distantes do organismo. Este aporte acelerado excita o cérebro a ponto de torná-lo mais eficiente em todas as suas funções, eficiência esta que se mantem continua se a atividade física se mantiver constante. Quem corre ou marcha como mínimo uma hora diariamente, sabe que esta afirmação é verdadeira, concordando portanto com Jean Ferniot, jornalista e escritor, que diz: Tenho ciência que o exercício solitário de manhã cedo favorece o meu pensar: de repente minhas idéias ficam mais nítidas, as imagens mais coloridas, os entrelaçamentos do raciocínio mais rigorosos e as palavras mais saborosas, como se a inteligência estivesse chegando através das pernas.
A comprovação cientifica: Alguns autores canadenses: H. Lavallée, R.J. Shepard e colaboradores, quiseram conhecer a influencia de um programa de atividade física de uma hora diária integrada a um programa escolar a respeito do desenvolvimento físico e intelectual de alunos de uma escola primaria. A pesquisa alongou-se por sete anos (1971-1977) na Universidade da cidade de Trois-Rivières no estado de Quebec, (Canadá). 546 crianças dos dois sexos, entre seis e doze anos, provenientes de uma área urbana (Trois-Revières) e de uma rural (Point-Rouge), foram recrutadas entre o ano de 1969 e 1971. O primeiro grupo permaneceu exercitando-se com o padrão habitual da escola que era de 45 minutos por semana: mini-basquet, voleibol, dança rítmica e exercícios de solo, e o segundo grupo adotou atividades físicas que se alongavam por cinco horas por semana: atlética, corrida, ginástica aeróbica, natação, bicicleta, patinação artística etc.
O primeiro resultado da pesquisa foi que, contrariando a opinião publica, a substituição de uma hora de estudo diária por um período idêntico de atividade física, em nada alterou o rendimento de aprendizado do aluno. Constatou-se alem disso que, em determinadas matérias, como por exemplo a matemática, o aprendizado dos meninos que se exercitavam uma hora diariamente foi superior ao do outro grupo, e todas as demais disciplinas, mesmo com a redução de uma hora de ensino diária, foram favoravelmente influenciadas. Por fim, o estado salutar dos dois grupos – comparando um com o outro – revelou-se idêntico.
Fonte: Lavallée H., Shepard R.J. et al. Activité Physique, Croissance et Development, in “Le Sport e L´enfant”. – Montpellier, éd. Euromed, 1980, p.483, pp.117-140.
02 - O esporte amplia a memória: Quando alguém para de fazer esporte durante algumas semanas, seus músculos se contraem e perdem a elasticidade. É por este motivo que recomeçar é difícil. A mesma coisa acontece quando o cérebro entra em inatividade: os neurônios adormecem. A memória, como o corpo, necessita funcionar ou trabalhar que é sinônimo de aprender. A célula base, o neurônio, é uma verdadeira usina energética que transmite impulsos nervosos.
Uma pesquisa cientifica apresentada recentemente no meeting da “British Association for the Advancement of Science”, na Inglaterra, demonstrou que os exercícios aeróbicos são efetivamente o melhor remedio para a estrutura e o funcionamento do cérebro, porque retardam, ou pelo menos limitam, os danos que são provocados pelo envelhecimento.
Para compreender e analisar quais são os principais fatores que contribuem para a manutenção de uma mente sadia e lúcida, mesmo em idade muito avançada, um pesquisador da Universidade de Dublin - Irlanda - Professor Ian Robertson, pesquisou dez anos de literatura cientifica de nível internacional chegando depois disso a uma singular certeza, ou seja, que o exercício aeróbico funciona como um “néctar mágico” porque mantem quem o pratica mentalmente jovem e muito ágil.
Robertson levou em consideração inúmeras pesquisas, e entre elas, particularmente a que analisou dois grupos de indivíduos alem dos sessenta anos durante quatro meses. Ao longo desse período, enquanto o primeiro grupo fazia longas caminhadas, o segundo se dedicou a exercícios de stretching. Resultado: depois dos testes, os indivíduos das caminhadas demonstraram que possuíam uma memória muito melhor do que aqueles do outro grupo.
Mas ouve outra pesquisa ainda mais determinante, porque ao fim desta, Robertson, que acompanhou um grupo de sexagenário que praticou exercícios aeróbicos durante tres anos, constatou que em nenhum deles ouve declínio de suas faculdades mentais.
Dois mecanismos, segundo o pesquisador, explicam estes resultados: os exercícios de aeróbica estimulam a produção de uma substancia química chamada “fator neurotropico derivado” (proteína BDNF) que estimula o crescimento o crescimento de novas células e a formação de novas conexões entre os neurônios. Alem disso, seguramente a aeróbica estimula no cérebro o crescimento de novos capilares sanguíneos que nutrindo as células lhe garantem a saúde por mais tempo. Analogicamente, significa dizer que os exercícios de aeróbica funcionam como adubo para o cérebro, porque ajudam os neurônios a brotar e a se renovarem.
Robertson, ainda, individualizou outros componentes que participam para a manutenção de um cérebro sadio, e estes são: vida ativa, trabalho, relacionamento social e uma sadia atividade sexual.
Fonte: Cybermed - Roma – 09 setembro 2005
03 - O esporte estimula a imaginação: O espírito, assim como o corpo, obtém benefícios de uma atividade física continua: esta é a conclusão de uma serie de experiências realizadas pela equipe americana do “Baylor College of Medicine”. 48 esportistas veteranos, sobretudo praticantes de corrida, não só possuíam uma condição física equivalente a dos seus colegas de vinte anos de idade e em boa forma, mas também um maior índice de inteligência, imaginação, independência e lealdade se comparados a media da população.
As qualidades de independência e imaginação não são inatas nos esportistas, mas aumentam proporcionalmente ao nível de treinamento físico. Mesmo os menos dotados, desde que assíduos na pratica deste esporte, não são excluídos desta benesse, porque a imaginação cresce na mesma proporção da distancia que é percorrida: a dos maratonistas de fundo é maior do que aos corredores de meio fundo e assim por diante.
04 - O esporte ajuda a refletir: A pratica regular de exercícios físicos, particularmente as atividades de resistência como a corrida, a marcha e o ciclismo, aparentemente desenvolvem a capacidade de raciocinar. Uma pesquisa revelou que em seguida a um programa de treinamento de quatro meses, com três seções por semanas, indivíduos de idade madura submetidos a testes matemáticos e de raciocínio lógico, conseguiam resultados bem melhores dos que haviam obtido antes de começar o treinamento.
05 - O esporte fortalece o esqueleto: O esqueleto do corpo humano é continuamente submetido à ação das células que fabricam e destroem substancias ósseas. As tensões exercidas pelas atividades físicas, particularmente as pedestres, constituem o estimulante mais adequado à manutenção do delicado equilíbrio que existe entre os processos de fabricação e destruição. É por esta razão que ao permanecer prolongadamente na cama provoca-se uma rápida descalcificação, seguida por uma atrofia da massa óssea, cujo conjunto determina o que é comumente chamada osteoporose. Esta conseqüência do sedentarismo aumenta consideravelmente os riscos de fissuras e até de fraturas ósseas. Ao contrario, uma sobreatividade sobre um osso não preparado determina uma remodelação na qual “a utilização repentina” torna-se um obstáculo para a cura.
Deve-se compreender que as estruturas ósseas “são construídas” sobre muitos anos de atividades físicas regulares que correspondem ao período em que as crianças crescem e se tornam adolescentes.
Assim sendo, a melhor prevenção contra a descalcificação é a pratica da corrida ou marcha forçada por 52 semanas por ano, não a interrompendo sem motivos sérios. Para aceitar isso se torna necessário recordar as conclusões de uma pesquisa cientifica efetuada com tenistas que jogavam regularmente, desde a adolescência, três vezes por semana. Esta pesquisa, particularmente significativa, demonstrou que a densidade óssea do braço que utiliza a raquete é superior em 30% a 40% ao do outro que não é utilizado.
A comprovação cientifica: Uma nova pesquisa confirma o beneficio da atividade física do tipo pedestre em relação à osteoporose - diminuição do tecido ósseo. Analisados entre 1981 e 1988 mais de 13.000 americanos anciãos, Annlia Paganini-Hill - Escola de medicina da Califórnia do sul - reencontrou uma tipologia bem conhecida: Um exercício físico rigoroso de como mínimo uma hora diária reduz o risco de fratura do baço em 50% dos homens, e o fumo multiplica por dois o risco de fratura do baço nos dois sexos.
Na mesma época foi confrontado o balanço ósseo de 41 corredores de maratona, entre os 50 aos 72 anos de idade, com 41 outras pessoas na mesma faixa etária que porem não eram desportistas, para determinar eventuais repercussões na densidade óssea devido à repetição do choque causado pelo impacto durante as corridas por longos períodos. Uma radiografia da primeira vértebra lombar permitiu determinar o teor mineral ósseo: os maratonistas, independentemente do sexo, apresentavam um volume mineral ósseo superior em 40% em relação ao outro grupo de 41 indivíduos que não praticavam o esporte.
Fonte: Lane N.E. et al: Long distance running, boné density and osteoarthritis,
JAMA, 1986, 225, n 9, pp. 1147-1151.

06 - O esporte cura a insônia: Para lutar eficazmente contra a insônia, o esporte é uma das medicações menos praticadas, contudo, talvez a mais segura. Uma atividade física ligeira, à noite, distende os músculos do corpo que tendem a se enrijecer depois da atividade estressante da jornada. Um passeio de 15 ou 20 minutos na esteira, deixa uma sensação prazerosa que extingue as conseqüências da carga emocional do dia, permitindo assim um sono profundo e reparador. Pesquisadores da Universidade de Stanford, publicaram em dezembro de 1996 as conclusões do trabalho que realizaram (publicado no J.A.M.A) a respeito da qualidade do sono, particularmente nas pessoas de idade entre os 50 e 70 anos que se queixavam deste mal. Estas foram submetidas a um programa de ginástica apropriada à sua condição física (aeróbica para os mais idosos e marcha e bicicleta para os demais), que no seu todo não excedia três horas semanais. Os resultados foram muito auspiciosos: antes da terapia não dormiam mais do que 4-5 horas por noite, e mesmo assim, para adormecer levavam mediamente 40 minutos. Depois do sexto mês em media ganharam 45 minutos de sono e o tempo para adormecer reduziu-se em mais de vinte minutos.
07 - O esporte faz cair à pressão arterial: A corrida provoca, de acordo com a distancia percorrida e a sua freqüência, uma redução da pressão arterial que se prolonga entre quatro a dez horas depois do fim do treinamento. A corrida determina uma vasodilatação generalizada nos vasos sanguíneos, em particular nos musculares e cutâneos, induzindo um abaixamento das resistências periféricas.
O Dr. F. Messerli, da Nouvelle-Orléans no estado do Missipi, diz que um exercício físico, suficientemente intenso e prolongado, freqüentemente provoca uma perda hidro-eletrolitica - água e sais minerais - e a pratica cotidiana da marcha ou da corrida, determina um efeito diurético com fuga de sódio, que equivale à ingestão diária de um fármaco diurético.
Pesquisa 1 - Um estudo realizado pelo Hospital John Radcliff de Oxford e publicado no “The Lancet” no dia 8 junho de 1991, Nro. 337, págs, 1363-1368“ sob a direção de V.K.Somers (Iowa City, USA), demonstrou que um treinamento intensivo e prolongado permitiu reduzir a sistólica de 9 mmHg e a distolica de 7 mmHg em indivíduos que possuíam uma hipertensão limite.
Entre os meios terapêuticos não farmacológicos, como o controle de peso ou o regime hiposodico, o exercício físico foi objeto de estudos que até recentemente nada concluía alem de alimentar polemicas. Com o objetivo de buscar uma resposta exata e confiável, 16 voluntários – 12 homens e 4 mulheres com o perfil de hipertensos - ofereceram-se como voluntários para avaliar os efeitos de um treinamento físico de seis meses, em relação ao destreinamento baroriflexo, da pressão ambulatorial e do sono.
A “hipertensão arterial limite” era representada por uma intensa pressão arterial sistólica alem dos 140 mmHg, e a distolica de 90 mmHg. Fatores de risco cardiovascular (álcool e fumo), e tratamento farmacológico inferior a seis meses, constituíam os principais critérios de inclusão.
Para oito destes pacientes que se submeteram a um regime físico digno da Royal Canedian Air Force - corrida e aeróbica intensiva 3-4 vezes por semana - as medições foram efetuadas antes e depois de seis meses de tratamento, enquanto que para os outros oito, que também se submeteram à mesma disciplina física, as medições foram realizadas quatro meses após o termino dos exercícios. Este ultimo teste teve como conseqüência o abaixamento da pressão arterial de repouso para 9 mmHg a sistólica, e 7 mmHg a distólica, enquanto que a pressão laboratorial abaixou respectivamente 5 e 8 mmHg. Este ganho foi considerado suficiente para conseguir um efeito cardio-protetor, porque ampliou a variabilidade do espaço R-R (índice da freqüência cardíaca), enquanto que durante o sono, mesmo se este espaço permaneceu alongado, os pesquisadores não registraram nenhuma redução da pressão arterial. Concluíram assim que, mesmo com esta modesta redução da pressão, esta ultima pode ser suficiente para recolher entre os limites da normalidade a pressão arterial para a qual está em discussão um tratamento farmacológico.
Pesquisa 2 – Uma atividade física regular leva a uma redução de 10 mmHg um hipertenso moderado (140-180/90-105).
Correr, marchar, pedalar ou fazer ginástica, são exercícios que podem abaixar tanto as cifras sistólicas como as distolicas, é explicado na revista da “American College of Sport Medicine” de fevereiro de 1996. Uma pratica moderada é aparentemente mais eficaz do que uma intensa. É uma boa noticia porque na maior parte dos casos os hipertensos são idosos. O ritmo preconizado é de 3 a 5 vezes por semana durante um período de 30 a 60 minutos, durante os quais a freqüência cardíaca deverá se manter entre o 50-75% da maximal, ou seja, entre 80 e 120.
08 – O esporte favorece o retorno venoso: Quando uma pessoa se levanta da cama, a circulação venosa das pernas tem que se processar de baixo para o alto, ou seja, no sentido inverso à gravidade. Para que isso aconteça, dois fatores intervem para comandar a ascensão do sangue ao coração. O primeiro é que a base venosa plantar de Lejars assume o papel de uma verdadeira esponja no nível da planta dos pés (isso ocorre durante a marcha e todas as demais atividades pedestres), porque cada vez que um pe se apóia no solo, provoca, através da pressão que é exercida, a achatação da base venosa, e esta, por reação, empurra o sangue para o alto.
O segundo fator reside na contração dos músculos da barriga da perna, e, considerando que todas as atividades pedestres provocam (algumas mais e outras menos), a contração e o relaxamento desta musculação dos membros inferiores, eles se transformam nas engrenagens de uma bomba que leva a uma alternância constante de baixa e alta pressão nas veias profundas. A contração muscular as comprime: e assim o sangue é empurrado para o coração, mas quando a musculação relaxa, as veias intramusculares se enchem do sangue dos troncos venosos devido ao efeito de aspiração. Desta forma, a continua contração e relaxamento dos músculos das pernas, durante estes exercícios, se transforma em uma massagem sobre as veias. Por este motivo constituem o motor principal da circulação venosa.
09 – O esporte consolida o peito: Por ser a pele a única e real sustentação das mamas, quando com o transcorrer dos anos esta perde a sua elasticidade (fenômeno natural acentuado pelo sol, pelos regimes esvazia/enche, pelos esportes violentos ou pela ausência de musculatura, particularmente do peitoral), o conjunto do seio gruda na face anterior das costelas por meio de dois músculos do peito cujo desenvolvimento não é trascurável no perfil de um peito. Em verdade, são os dois únicos elementos que podem ser ativados eficazmente pelo exercício físico, porque o seio não é “deitado” sobre o tórax, mas sobre este é suspenso.
Para verificar isso é suficiente fechar ao máximo as mandíbulas em um sorriso forçado, repetindo sucessivamente com a boca o “X” e o “O”. Constata-se, assim agindo, que a pele do pescoço se contrai, e a parte superior do busto assume um movimento ascendente. Aconselha-se a repetir este exercício diariamente para ativar a pele do pescoço, que é o músculo que suporta parcialmente o peso do seio.
Se não é proibido abandonar o soutíen por alguns dias, por algumas semanas por ano, ou em cartas ocasiões, não se deve exigir demais do tecido de sustentação relativamente fraco que envolve a glândula, em particular em certas condições que necessitam da proteção efetiva do soutíen, ou seja, na gravidez, na amamentação e na maior parte dos esportes, especialmente os que exigem fases de corrida. Costas retas e tonificadas, aliadas a um tórax suficientemente desenvolvido, são as condições que permitem aos seios repousar sobre uma base inclinada e não vertical, valorizando deste modo o peito, dando-lhe, ainda, maior solidez. As mulheres que jogam tênis assiduamente reportam que, desde que começaram a jogar, seus seios se tornaram mais firmes e tonificados. Este feliz resultado, aparentemente, é provocado pelo movimento dos braços que fortalece os músculos do peito.
A natação é com certeza o esporte mais eficaz para dar aos seios forma sexy, porque nadando, preferencialmente de costas, toda a musculatura do peito é ativada graças aos movimentos amplos e regulares dos braços.
10 - O esporte é uma proteção contra os problemas cardíacos: O esportista assíduo, se estiver em boas condições físicas (a boa condição física é uma decorrência da pratica esportiva), tem menores riscos de morrer quando em repouso por causa de um ataque cardíaco, em comparação a um sedentário em plena inação. Nos Estados Unidos conta-se uma morte improvisa a cada sessenta segundos, e na França uma a cada sete minutos. Enquanto isso, entre os esportistas, conta-se, por exemplo, um decesso a cada 52 anos devido à corrida. Lendo isso, com certeza, muitos gostariam de ter acesso a estes misteriosos cálculos.
Maratona de Nova York: um decesso em 17 provas (1970 – 1986), ou seja, um morto entre os 129.756 atletas que participaram das 17 corridas. O tempo médio de um percurso de 42.195 Km. chega perto de três horas (210 minutos), e isso equivale a um decesso a cada 52 anos. Outra vantagem: a possibilidade de sobrevivência depois do primeiro ataque cardíaco é 2-3 vezes maior naqueles que precedentemente exerciam atividades físicas.
11 - O esporte previne a diabete: Na França existem cerca de 150.000 diabéticos insulino-dependente (tipo 1) que são obrigados a diariamente tomar uma injeção de insulina. Por outro lado, tem um grupo de 800.000 diabéticos com sobrepeso, muitos deles utilizando drogas medicinais, que são obrigados a seguir um regime para emagrecer (tipo 2). Nos dois casos, um exercício físico regular de resistência (corrida ou marcha), favoreceria a absorção da glicose pelas células diminuindo por conseqüência a necessidade de insulina ou medicamentos hiperglicêmicos. Os diabéticos não insulino-dependente (a maior parte tem sobrepeso) caracterizam-se por excesso de gordura e glicose sanguínea, que uma atividade muscular queimaria com muita facilidade.
Pesquisa 1 – Os indivíduos que praticam com regularidade exercícios físicos reduzem os riscos de um dia virem a sofrer de diabete. Essa é a revelação de uma pesquisa conduzida na Universidade de Stanford, Estados Unidos, sobre um universo de 5.990 homens que deixaram a Universidade da Pensilvânia nos anos 30 e 40, e que responderam a um questionário a respeito das suas atitudes de vida e saúde entre 1962 e 1975. Segundo este estudo, os indivíduos reduzem em 6% os riscos de serem acometidos pela diabete a cada 500 calorias que queimam semanalmente através de exercícios físicos. Conclusão: mais o corpo é movimentado, mais calorias são queimadas, e mais calorias o individuo queima, mais distante se mantem da diabete.
Pesquisa 2 – Um estudo realizado sobre um universo de 100.000 enfermeiras americanas, demonstrou que a incidência da diabete insulino-dependente é inversamente proporcional à manutenção de uma disciplina esportiva semanal. O exercício físico é tão benéfico na mulher obesa quanto a ausência de sobrecarga ponderal. O sedentarismo é desde muito tempo denunciado como um fator de risco cardiovascular, assim como há muito tempo é afirmado que o exercício físico é um balsamo benfazejo para a saúde.
A pesquisa epidemiológica americana (Nurses Health Study) aponta um elemento adicional para estimular a população feminina a praticar esportes. Publicado em 1976, este estudo incluiu 121.700 enfermeiras com idade entre 34 e 59 anos que não tinham diabete e muito menos tendência a ela. Depois de oito anos de acompanhamento, verificou-se que 1.303 dela desenvolveram a DNID. O acompanhamento regular destas mulheres, a entrevista, e exames clínicos a cada dois anos, permitiram aos pesquisadores estabelecer uma correlação negativa entre o surgimento da diabete tipo 2 e a ausência de uma atividade física regular.
O esporte equivale a uma ação preventiva não somente contra os obesos, mas também nos indivíduos com peso normal; seus efeitos benéficos não provem unicamente de uma redução do sobrepeso, mas concomitantemente da diminuição da insulino-dependencia que leva ao DNID. Por outro lado, a incidência da DNID, aparentemente, não é influenciada pela freqüência da atividade física, o que significa que é suficiente praticar um esporte uma ou duas vezes por semana, desde que o esforço seja sustentado e suficientemente intenso.
“É necessário transpirar abundantemente”, explica a Dra. Joann Manson da Universidade de Harvard, responsável por esta pesquisa. Estes resultados corroboram as conclusões de uma pesquisa conduzida sobre uma população exclusivamente masculina que foi publicada no “New England Journal of Medicine” em 18 de julho de 1991.
Pesquisa 3 – Nos indivíduos normais, assim como naqueles que tem resistência à insulina (um dos parentes é a diabética), o exercício físico aumenta a sensibilidade à insulina induzindo à síntese muscular do glicogênio e favorecendo o transporte da glicose no músculo. Esta afirmação é o reflexo do estudo realizado pelo Dr. G. Perseghin da Yale University, New Haven, publicada no “New England Journal of Medicine” em 31 de outubro de 1996.
As crianças diabéticas não insulina-dependente tem seu risco aumentado para se tornarem (DNID). Este é geralmente precedido por uma resistência à insulina, que provavelmente assume uma parte importante na patologia da diabete. O exercício não só melhora a sensibilidade à insulina, como pode prevenir ou retardar o aparecimento do DIND. Hoje este mecanismo é sobejamente conhecido.
12 - O esporte fluidifica o sangue: A inatividade favorece a preguiça sanguínea, sobretudo quando o individuo está sentado, porque esta posição, que comprime as coxas, dificulta o retorno do sangue ao coração. Mesmo as roupas muito estreitas contribuem eficazmente para a diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo. Ao contrario, uma atividade física regular melhora a fluidez do sangue porque distribui os elementos que favorecem os coágulos e diminuem o assemblamento das plaquetas sanguíneas.
As mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais, estão acentuadamente expostas às obstruções venosas – trombose - e para evitar isso, ou curar-se quando sofrem deste mal, o inicio contíguo de um programa esportivo adequado, dá uma resposta imediata e radical.
Pesquisa 1 – Segundo um estudo publicado em 1981 no New England Journal of Medicine, os exercícios físicos regulares aumentam a capacidade do organismo de dissolver espontaneamente os coágulos sanguíneos. Em efeito, se um coagulo bloqueia uma artéria do coração ou do cérebro, passa a existir de imediato um risco de crise cardíaca ou congestão cerebral. Através do exercício físico continuo, o organismo reage por si só por intermédio da fibrinolisi, um processo bioquímico que desagrega o coagulo. A solução mais eficaz para estes casos é o treinamento físico, mais eficaz porque é um processo que impede que o órgão afetado pelo coagulo seja seriamente danificado.
A pesquisa desenvolvida pela Duke University de Durhan – Carolina do Norte – U.S.A. – consistiu na medição do grau de atividade desta reação antes e depois de 10 semanas, cada uma delas com três seções de corrida de 30 minutos. Estimulando a formação de coágulos por compressão, com a ajuda de um sfigmomanometro, depois do treinamento constatou-se um acentuado aumento da taxa de atividade fibrinolitica nos 69 voluntários, mais pronunciado ainda nos indivíduos, homens e mulheres, cuja taxa já era preliminarmente pouco elevada.
Pesquisa 2 – Um estudo desenvolvido pela Universidade de Washingtos – Seattle, publicado na edição de maio de 1991 na revista americana “Circulation”, demonstra que o exercício físico aumenta significamente a atividades das enzimas trombolitica nas pessoas idosas. Em 13 homens, com a idade entre 60 e 82 anos, submetidos por seis meses a 4-5 seções semanais de 45 minutos de marcha, corrida ou bicicleta, a atividade trombolitica aumentou mediamente 39%.
Sabia-se que um exercício físico intenso provocava um breve pico da atividade trombolitica, mas os resultados atuais demonstram que esta atividade se mantem na mesma medida em que é mantido o exercício físico.
13 - O esporte fortalece a coluna vertebral: O conjunto ósseo que forma a coluna vertebral é mantido unido pelos ligamentos; tendões, e os músculos que se apóiam sobre diferentes ossos e que são soldados nas vértebras apófise, spinose e transversas. Este sistema de amarração, por intermédio dos discos intervertebrais, permite a mobilidade multidirecional da coluna, aliada a uma simultânea solidez.
A espinha dorsal realiza corretamente sua função de proteger a arvore da vida (miolo e nervos), só com a condição de que a estrutura muscular, e a dos tendões, sejam diariamente solicitadas e mantidas ativas por meio de atividades físicas. Em verdade, só o movimento constante mantem a força e a solidez deste sistema de amarração, assim como a elasticidade que os discos tem que manter, particularmente porque sua irrigação sanguínea é praticamente nula, uma vez que são alimentados pelo sistema linfático.
Este sistema, no entanto, contrariamente ao sanguíneo, não trabalha sob pressão. Os amortecedores (os discos intervertebrais), assim sendo, devem procurar por si mesmos manter suas necessidades de liquido a debito de todos os tecidos hidratados que estão ao seu redor, e este bombeamento é executado graças aos movimentos de inspiração que acontecem justamente quando o disco é alternadamente tensionado e relaxado por meio das oscilações da coluna vertebral. A melhor tática preventiva para evitar os males da coluna, é fazer marchar quase que diariamente o esqueleto. A validade desta afirmação é ratificada por todos aqueles que, sofrendo dores lombares crônicas, se livram delas depois de algumas semanas de constantes atividades pedestres.
14 - O esporte reforça a cartilagem: Uma atividade física é necessária para uma boa nutrição da cartilagem articular. Durante um período prolongado na cama, quando uma articulação é imobilizada pelo gesso ou uma bandagem, a cartilagem se afina. Inversamente, ela tende a se engrossar sob a influencia do movimento, mesmo se este é de breve duração; o simples fato de correr por 10 ou 15 minutos, por exemplo, já exerce um efeito benéfico sobre as articulações dos joelhos. Em verdade, uma certa quantidade de liquido penetra, a partir dos ossos, nas cartilagens, facilitando-lhes o funcionamento; elas podem exercer com mais facilidade a tarefa de amortizar, e suas superfícies de contato se ampliam, reduzindo, desta forma, a pressão por unidade de superfície. Alem disso, esta cartilagem que não possui vasos sanguíneos, é mais bem irrigada e conseqüentemente melhor alimentada pelos materiais de manutenção. A totalidade desses aspectos favorece o crescimento e a multiplicação das células cartiligenas.
Inúmeras observações efetuadas também sobre animais, confirmaram a realidade destas alterações benéficas. Quando, por exemplo, são mantidos imobilizados coelhos por uma hora, suas cartilagens articulares se afinam em cerca de 10%. Ao contrario, quando estes retornam à sua atividade normal, suas cartilagem se ampliam em espessura de 12% a 16% logo nos primeiros dez minutos. Destas observações derivam duas medidas preventivas: as tendinites e as lesões articulares, ao longo de uma atividade intensa, podem ser evitadas se for praticado um aquecimento (exercícios leves e alongamentos musculares) preliminar de 10-15 minutos.
A cartilagem, ampliando sua espessura, passa a se comportar como um eficiente amortizador, contribuindo assim na proteção dos ligamentos e dos músculos, assim como a própria articulação.
A artrose, da mesma forma, pode ser prevenida praticando regularmente, e em doses racionais, uma atividade pedestre ao longo de toda a vida.
Um recente estudo efetuado sobre corredores, demonstrou que não existe influencia em relação ao número de anos que correram, ou a distancia percorrida (sempre considerando um mínimo de 40 Km. semanais), em relação ao surgimento rápido ou mais freqüente da artrose. Definitivamente, quem deseja conservar as próprias articulações em bom estado, tem que submetê-las a um treinamento físico regular. Essa necessidade se acentua com a idade: em efeito, a elasticidade natural da cartilagem articular e dos demais tecidos que a envolvem, tende a diminuir.
Exercícios praticados regularmente inibem esta particularidade. Para que as atividades pedestres não sejam desfavoráveis às articulações, é necessário praticá-las sem sobrecarga, não caminhar, marchar ou correr com uma ferida músculo-tendinea ou osteo-articular não curada, e corrigir todos os defeitos morfo-mecanicos - perna mais curta, hiperpronação ou hipersupinação etc.
A comprovação cientifica:
Os resultados de uma pesquisa que se alongou por cinco anos sobre 498 corredores -corriam mediamente 40 quilômetros por semana a onze anos - em comparação a 365 indivíduos que não praticavam o esporte, demonstraram que a corrida a pé ou outros exercícios físicos que sobrecarregam as articulações, não aumentam os riscos de problemas osteo-articulares e, em particular, a degeneração da artrose óssea. Em efeito, comprovou-se que os corredores apresentavam uma impotência física inferior e uma capacidade funcional melhor em relação aos 365 indivíduos com a mesma faixa etária.
Os corredores, no curso do seu envelhecimento, demonstraram ser menos afetados pelos problemas osteo-articulares, porque os problemas médicos maiores foram significamente mais freqüentes entre os indivíduos não corredores. Alem disso, no período, o grupo corredor registrou um numero de consultas medicas um terço menor do que foi anotado no grupo não corredor.
15 - O esporte reduz os acedentes no trabalho: Uma pesquisa realizada na Itália pela Associação para a Promoção do Esporte no mundo do trabalho (ASMT), com a finalidade de colher informações a respeito do desempenho daqueles que praticam atividades físicas enquanto no ambiente do seu trabalho, demonstrou que os esportistas sofrem menos acidentes no trabalho, o numero de ausências por razões de doença são menores e mais curtas, e suas qualidades profissionais: desempenho, resistência e dinamismo, são sempre superiores a media.
16 - O esporte prepara a mulher para o parto: Uma pesquisa realizada pela Universidade de Áquila, na Itália, demonstrou que o exercício físico de tipo aeróbico praticado durante a gravidez, diminui a percepção dolorosa e o nível de stress nos momentos antes, durante e após parto. Os pesquisadores acompanharam 36 mulheres durante sua segunda ou terceira gravidez, e para efeito de comparação as dividiram em dois grupos, um dos quais passou a praticar seções semanais de aeróbicas sobre bicicleta ergonômica, enquanto o outro permaneceu sem se exercitar. A pesquisa visava definir em que medida o exercício físico podia aumentar a taxa de endorfinas sanguíneas. Em efeito, o aumento da beta-endorfina durante o trabalho de parto é a conseqüência das contrações uterinas, e pode ser considerada uma alternativa analgésica. Os resultados do estudo, evidenciaram um aumento significativo de beta-endorfinas, no grupo de mulheres que se exercitaram em relação ao grupo de controle, e esta diferencia se manteve durante todo o tempo do parto, tempo esse que demonstrou em escala visual a diminuição da percepção dolorosa.
Alem desses aspectos ligados ao parto, o grupo de mulheres ativas demonstrou um abaixamento da taxa sanguínea de colesterol, dos hormônios do crescimento e da prolattina, que são os indícios biológicos do stress.
Fonte: American Journal of Obstretics and Gynecology, 1989, Nro.160, pp.707-715.
17 - O esporte ajuda a parar de fumar: Uma pesquisa realizada por Koplan e colaboradores, a respeito dos benefícios da pratica esportiva como a corrida a pé, demonstrou que o exercício físico alem de gerar benefícios diretos sobre o sistema vascular, também oferece inúmeras vantagens indiretas que no tempo se tornam ainda mais importantes. Por exemplo, o efeito que ajuda a parar de fumar, um fator de risco comumente refratário aos tratamentos habituais. Os pesquisadores observaram que os esportistas assíduos percebem estes benefícios que se transformam em mudanças de comportamento individuais. Assim, 80% dos homens, e o 75% das mulheres que fumavam no inicio da pratica esportiva, pararam pouco tempo depois. Nos homens, mas não nas mulheres, a decisão de parar de fumar estava relacionada com a distancia semanalmente percorrida, e não com o numero de anos de pratica esportiva. Alem disso, a decisão de parar de fumar foi claramente mais freqüente entre os corredores mais assíduos, em relação aos que tinham interrompido o esporte.
18 - O esporte facilita a digestão: O exercício acelera o transito intestinal, desta forma, a refeição daqueles que praticam marcha ou corrida, atravessa todo o aparato digestivo em 4-6 horas, enquanto que para a maior parte dos indivíduos que não praticam esporte, a digestão se estende entre 12 a 24 horas. Naquele que se exercita continuamente, o contato alimento-celulas intestinais é mais curto, e assim sendo, a absorção energética não é total, acontecendo à mesma coisa durante o consumo de um lanche. Ao contrário, para o sedentário, a refeição tem transito lento o que corresponde a um aumento da assimilação intestinal e conseqüente aumento de peso. Alem disso, a constipação, ”enfermidade” tipicamente feminina, é totalmente desconhecida por aquelas que praticam regularmente atividades físicas.
19 - O esporte na luta contra o câncer: De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, Estados Unidos, sobre 17.000 homens entre os 30 aos 79 anos, marchar 30 a 40 minutos cinco vezes por semana, é suficiente para reduzir em 50% o risco de câncer no cólon, em relação ao que é observado entre a população que se mantem sedentária (Dr.Lee, Journal of the National Câncer Institute, 18 setembro 1991). E este beneficio se mantem associado a atividade física, uma vez que diminui rapidamente quando esta cessa. Assim sendo, a atividade física, no caso a marcha, deve ser mantida ao longo de toda a vida, em outras palavras, não deve cessar nem depois dos 60 ou 70 anos.
Para explicar a sua observação o Dr. Lee diz que o “transito acelerado” do material em fase digestiva nas pessoas que praticam esportes, reduz o tempo de exposição do cólon aos elementos cancerígenos que se encontram nos alimentos.
20 - O esporte exalta o sexo: A maioria das pessoas que se sujeitam a um programa de treinamento, percebe logo após as primeiras seções que seu bem-estar, seu dinamismo pessoal, aumenta como se tivessem reinjuvenecido. Este efeito se estende à vida sexual. Pesquisas conduzidas sobre homens que se empenharam em um programa de corrida a pé com a duração de nove meses, demonstraram que a freqüência mensal de seus relacionamentos sexuais se elevou de 7 antes do inicio do programa, para 12 ao seu termino. Outro estudo, agora relacionado a 25 mulheres, demonstrou que depois de um período de três meses de treinamento aeróbico, a freqüência da atividade sexual havia aumentado em 30%.
Outro estudo, agora sobre um leque de indivíduos maior e de diferentes faixas etárias, revelou que as pessoas fisicamente ativas, em sua maior parte, têm uma vida sexual muito mais intensa do que os demais.
As causas deste fenômeno ainda não são claras, mas é lógico pensar que a melhora da estabilidade emocional, e da capacidade de relaxamento que se obtém com a atividade física, incidem beneficamente também no comportamento sexual.
“Como em todos os demais processos fisiológicos, também a função sexual é exercida mais eficientemente quando o individuo conta com uma boa saúde” diz o celebre sexólogo Dr. William Máster. Em verdade, a atividade esportiva melhora a performance do coração, dos tecidos sanguíneos que favorecem a irrigação muscular, e em particular aquele do órgão extensível. Desta forma, uma corrida ou qualquer outra atividade física continua e sustentada, determina um aquecimento corporal que, segundo a distancia percorrida, pode se prolongar de alguns minutos para muitas horas. Sabemos que o calor estimula a libido, assim como, na medida em que a fadiga mental causada pelo stress é diminuída, diminui também a inibição sexual.
Ao contrario, uma superdose de atividade física torna-se anafrodisiaca, como é o caso dos maratonistas que superam os 25 Km. de treinamento diário. Um deles conta que: “se acrescento ao longo de uma semana 135 Km de percurso as oito oras de trabalho diário, não me sobra muita energia para o treinamento na cama”. Minha esposa, que não é maratonista, sabe de cor que no dia que corro 25 Km. sou sexualmente inutilizável.
Estudos realizados por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, cujos resultados foram recentemente publicados no jornal da Associação Medica Americana, acrescentam sustentabilidade cientifica às constatações empíricas assinaladas pelos corredores. Demonstram que nos homens que tem o habito de correr mais do que 60 Km. pos semana, há uma queda de produção hormonal (testosterona), fator este que pode provocar a queda do apetite sexual. O universo analisado contou com 31 maratonistas e 18 homens sedentários.
21 - O esporte cura reumatismos: Um autodidata, Christian Perini, relata seu caso pessoal. Vitima de uma poliartrite reumatóide, afecção que ataca as articulações e determina degenerações que invalidam, encontrou no esporte uma terapia inesperada, porque todos os reumatologos que consultava o desaconselhavam a retomar seu esporte preferido, o ciclismo.
Para suportar a sua doença inflamatória dependia de fortes doses de remédios diários, entretanto, vendo que havia vitimas deste mal que mesmo medicadas tinham que ficar imobilizadas em uma poltrona ou na cama, decidiu tentar fugir daquele destino retornando progressivamente a se exercitar com a sua bicicleta. Ele conta: ao mesmo tempo em que eu aumentava a distancia percorrida e os esforços com este fim, que observava a higiene e a dietética esportiva, minhas dores e a minha dependência dos fármacos diminuía. Deste modo, comecei a correr com pessoas sadias. Resultado: depois de 14 anos de vida em comum com a poliartrite reumatóide, mesmo se não renasci, dificilmente estou impedido para o trabalho, meus remédios diminuíram e minha atividade diária é muito mais intensa e prestativa daquelas de numerosas pessoas sadias. Todavia, alguns médicos ainda são incapazes de acreditar que eu participo de competições esportivas.
Devemos recordar, diz ele, que o ilustre cirurgião Christian Bernard, autor do primeiro transplante cardíaco em 1967 e professor da Universidade da Cidade do Cabo, na África, foi atingido pela artrite com a idade de 37 anos. Em seu livro “Mieux vivre l´artrite et les rhumatismes“, Edition Manges 1984, ele transmite a sua experiência a milhões de vitimas desta doença. Os ajuda a gerenciar a dor e as crises através de exercícios e terapias, recomendando-lhes a melhor atitude mental para que a vida seja mais fácil.
22 - O esporte acelera o crescimento. - O aspecto biométrico, ou seja, a altura, as medidas e o peso, é um dos mais ignorados entre os efeitos do esporte. Geralmente admite-se que o esporte desenvolve, contudo, não havia pesquisas a este respeito. Um estudo realizado na Bélgica pelo Dr. Xavier Sturbois, a respeito da evolução biométrica das jovens universitárias que estão se preparando para o diploma em educação física, e assim sendo, submetidas a uma atividade física intensa e diversificada, concluiu que esta pratica esportiva intensa tinha efeitos importantes no desenvolvimento físico. No inicio de seus estudos, com 18 anos, as que se propõem se tornar educadoras físicas, já são mais altas (1,654 contra 1,625), mais pesadas (56,7 Kg contra 53,3 Kg.), tem uma melhor capacidade vital (3,4 contra 3,3), e um perímetro torácico de (85 contra 78 cm) respeito a media da sua idade. Estas moças praticam ao redor de uma dezena de horas semanais de atividades esportivas, e essa deve ser a causa da sua superioridade biométrica em relação as demais que não seguem esta carreira. O aumento da atividade física imposta pelo regime de estudo na educação física, modifica ainda o morfotipo dessas jovens no sentido da crescente robustez. No ultimo exame, com 22 anos, as futuras professoras de educação física mediam em media 1,66 (media 1,625), pesavam 60,3 Kg. (media 53,3) e seu perímetro torácico chegava a 86,5 (media 78,8).
23 - O esporte diminui o risco de crise nos epiléticos: Os especialistas reconhecem que a aceleração da ventilação devida aos exercícios tende a postergar o inicio do aparecimento das convulsões, e por redundância, o risco de chegada de uma crise seja na criança como no adulto epilético, mesmo se o mecanismo que é acionado pela atividade física ainda não é perfeitamente conhecido. Qualquer que seja a intuição do efeito terapêutico do esporte no epilético, mesmo na ausência de pesquisas mais profundas, retroage ao ano de 1941, quando W.G. Lennox afirmou: ”A atividade mental e física aparentemente é antagônica as crises”. O inimigo, a “epilepsia”, prefere atacar o paciente quando este não está se policiando, em outras palavras, quando dorme, repousa ou está cansado etc. Em verdade, o repouso inúmeras vezes é o fator que desencadeia a crise.
Trinta anos depois Livingston ratificou a opinião de Lennox dizendo: A maior parte dos epiléticos, depois que começam a desenvolver uma atividade física, passam a ter menos crises do que tinham antes disso.
Em 1973, durante uma discussão que se seguiu à exposição do Dr. Boucharlat, L. Marchand disse: “A exposição de J. Boucharlat e seus colaboradores me interessou particularmente, porque estou plenamente de acordo com as suas conclusões, ou seja, de fazer com que os epiléticos participem de determinadas provas esportivas, porque a pratica de exercícios físicos pode ter uma certa ação suspensiva nas crises epiléticas. Para corroborar sua opinião, citou o caso de um jovem de 25 anos, epilético desde os 7, que a ele fora levado até ele para uma consulta pelo tio, diretor de circo: durante a consulta descobri que o epilético era trapezista, e que jamais havia sofrido uma crise durante seu perigoso trabalho. Ao manifestar minha surpresa seu tio complementou: Quando veste seu belo uniforme é aplaudido, quando é aplaudido fica excitado, e ao excitar-se fica plenamente feliz. Neste estado jamais sofreu uma crise.
Entretanto, L. Marchand concluiu: Infelizmente, existem também jovens epiléticos que sofrem crises no decorrer de exercícios físicos e não os sofrem durante o repouso. Diante deste quadro, os médicos preferem privilegiar a própria tranqüilidade e impedem a todos os epiléticos de exercer atividades físicas intensas ou praticar esportes de contato. No entanto, o prejuízo causado pela inatividade provocada por esta superproteção, é muitas vezes mais importante do que o eventual risco de uma lesão esportiva ou a uma crise induzida pelo esporte. Conseqüentemente, o ideal é prescrever o esporte individualmente, caso por caso, porque a epilepsia estabilizada pelo tratamento ou higiene de vida é uma ambição de qualquer criança ou adolescente.
24 - O esporte dilata os vasos: O exercício físico continuo protege as artérias da arteriosclerose - uma infecção que se traduz na obstrução dos vasos sangüíneo e que pode provocar doenças cardíacas. Esta é a conclusão de uma pesquisa que foi publicada em 1998 na revista “Arterioscleroses, Thrombosis and Vascular Biology”. Paradoxalmente, segundo os pesquisadores, a pratica de esporte aumenta no organismo a taxa de radicais livres e moléculas oxidantes, mas é produzido também um fenômeno comparável ao das vacinas: nas pessoas que praticam esportes o organismo desenvolve defesas contra a oxidação.
A pesquisa: O British Medical Journal de Londres afirma que o melhor meio para se preservar contra esta enfermidade, que é a trombose coronária, é praticar exercícios físicos. A corrida a pé ou a marcha rápida, são os mais recomendados porque reduzem os perigos dos acidentes cardiovasculares. Foi depois de ter sido feita a autopsia do corpo de Clarence DeMar, o maratonista três vezes campeão dos Estados Unidos e sete vezes vencedor da maratona de Boston, que o diretor desta revista chegou a esta conclusão. As artérias coronárias deste defunto tinham como diâmetro o duplo da dimensão normal (Sport Mondial, 1962, Nro. 75, junho, p.23).
25 - O Esporte diminui os riscos da pílula: O risco de trombose para quem usa pílulas anticoncepcionais, por mais suave que seja, é muito real. Os osteo-progesticinos (pílulas contraceptivas), seriam os responsáveis por 2% das tromboses diagnosticadas, e causariam a cada ano a morte de 200-300 jovens nos Estados Unidos. Para evitar isso, segundo a conclusão do Dr. Salvatore Pizzo (publicação feita na “American Heart Association”), são suficientes 90 minutos de exercício físico semanalmente. A analise completa das mulheres que tiveram uma trombose sob o efeito dos osteo-progesticinos, permite concluir que é devida a um abaixamento significativo da sua taxa de ativação do plasminogeno – que é uma proteína-chave do sistema fibrinolitico. Este defice favoreceria a formação e a migração dos coágulos responsáveis pelas tromboses. Os autores do estudo sugerem que todas as mulheres que se submetem ao “tratamento da pílula”, para evitar o risco da trombose devem praticar três vezes por semana um exercício físico de trinta minutos.
Estas pesquisas demonstram que os esportes de resistência, como a corrida a pé, a marcha rápida, o ciclismo etc., quando são praticados sem fins competitivos, contribuem para curar ou amenizar quase que todos os males, porque aceleram o transporte do oxigênio dos pulmões até as regiões mais distantes do organismo.
Este aporte acelerado excita o cérebro a ponto de torná-lo mais eficiente em todas as suas funções, eficiência esta que permanece se a atividade física se mantem constante” O espírito, assim como o corpo, obtém benefícios de uma atividade física continua”, esta é a conclusão de uma serie de experiências realizadas pela equipe americana do Baylor College of Medicine.
Os benefícios da atividade física, sem esquecer da intelectual, também podem ser exaltados evidenciando os perigos que cercam a ociosidade e o sedentarismo.

Há pessoas que passam a vida esperando a hora de se aposentar. Para essas, novos estudos médicos trazem um alerta: a aposentadoria precoce pode ser um veneno para a saúde e precipitar doenças que encurtam a vida. A revista cientifica inglesa “British Medical Journal” acaba de divulgar os resultados de uma das pesquisas mais minuciosas já feitas sobre o assunto. Uma equipe de estudiosos acompanhou durante 26 anos, mais de 3500 funcionários de todos os níveis socioeconômicos da Shell americana, no Estado do Texas. Os dados colhidos revelaram que as pessoas que se aposentam aos 55 anos correm mais riscos de morrer antes do que aquelas que se aposentam aos 65 anos. Em media, os funcionários da Shell viveram até os 72 anos. Os que saíram do emprego aos 60 viveram até os 76. E os que se aposentaram aos 65 viveram até os 80. Além disso, os precoces mostraram ser 89% mais propensos a morrer nos dez anos seguintes à aposentadoria do que os que pararam de trabalhar mais tarde. “A pesquisa derruba a idéia de que se aposentar tarde encurta a vida. Isso não é verdade”, escreve o medico Shan Tsai, um dos autores do estudo.
Há basicamente duas explicações para a relação entre a aposentadoria e a morte precoce. Em primeiro lugar, a má utilização do tempo que sobra na vida de um aposentado pode levar ao aumento do stress, à depressão e ao sedentarismo, condições que estão na base de uma serie de distúrbios.
Um estudo envolvendo 52 países, chamado “Interheart”, avaliou associação entre fatores emocionais e a ocorrência de infarto. Dos mais de 11000 pacientes pesquisados, 16% relataram ter vivido eventos estressantes no ano anterior ao infarto. A aposentadoria foi um dos fatores de maior peso citados pelos doentes, ao lado de divorcio, falência e morte. Também já se sabe que a inatividade física está na raiz de doenças crônicas e distúrbios cardiovasculares.
A outra explicação é que a transformação no convívio social provocada pela aposentadoria tem influencia negativa na saúde. Muitas pessoas se definem pelo que fazem e pelo cargo que ocupam em uma corporação. Se perdem isso, podem perder também o entusiasmo. “Essa perda repentina de motivação pode ter impactos negativos sobre a saúde e o bem-estar”, explica o cardiologista Mauricio Wajngarten, chefe do departamento de cardiogeriatria do Instituto do Coração, de São Paulo. Quanto maior tiver sido a identificação com a empresa em que se trabalhou, mais difícil será a adaptação à vida sem ela. “As pessoas subestimam a importância do trabalho quando resolvem se aposentar”, diz Luiz Wever, sócio- diretor da consultoria Ray & Berndtson, especializada em gestão de talentos.
À volta para casa e para o convívio familiar pode ser altamente frustrante – não só para o aposentado, mas também para aqueles ao seu redor. Já existe até uma síndrome associada ao fenômeno: a síndrome dos maridos aposentados. “O homem volta para casa e a esposa passa a ser minha paciente”, conta à cardiologista Ângela Cristina dos Santos, do Instituto do Coração, que trabalha com prevenção de saúde de executivos. Ela cita o caso de um paciente que, uma vez aposentado, infartou no sitio que escolheu justamente para passar seus anos “tranqüilos”. O ex- executivo conseguiu estressar até os seus pacatos funcionários do campo. Ele distribuía memorandos aos empregados, com rigor incabível para a situação.
Fonte: revista Veja 16 de novembro 2005